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sábado, 29 de outubro de 2011

2011 – O brasileirão que envergonhou Minas

Reta final do brasileirão. América, Atlético e Cruzeiro começaram 2011 com diferentes sonhos e metas.

O América acordou na primeira manhã do ano na alegria de respirar os ares da série A do brasileiro. Tinha pela frente 12 meses para firmar o time e, no mínimo, chegar em dezembro e permanecer nesta conquista. Hoje, praticamente rebaixado, o Coelho parece não ter forças para suportar sua glória de 2010 e, sua volta à série B (a se contar pelos números) já é dada como certa.
O Cruzeiro iniciou sua temporada visando a Libertadores. Contudo, o time não se encontrou. Foi enganado pelo fraco nível do início da competição. Algumas vitórias expressivas mascaravam a real situação do grupo. No brasileiro a Raposa hoje também luta para não fazer companhia ao Coelho em 2012.
A situação do Atlético era mais confortável. Não tinha uma competição forte para disputar. Havia tempo para se consolidar e se preparar para o único campeonato importante do clube no ano: o brasileiro. Esta era a meta: disputar um brasileiro mais digno que o de 2010. Mas o resultado nós já sabemos.
O Galo chega ao final do ano disputando o que lhe é comum em suas últimas trajetórias no campeonato nacional e que envergonha sua apaixonada torcida: jogar futebol apenas para não visitar novamente a série B. Uma missão como essa para um time centenário é humilhante. Todo ano é assim: de repente, na reta final, os jogadores resolvem se unir e jogar! Parece que jogam apenas os meses de setembro, outubro e novembro. Discursos de união, grupo fechado e focado para que? Para disputar a permanência na série A? Seria então essa missão que esses jogadores recebem no começo do ano ou quando são contratados?
O mascote do Clube Atlético Mineiro foi escolhido pelo caricaturista Fernando Pieruccetti, o “Mangabeira” do Jornal Folha de Minas. “O Atlético sempre foi um time de raça, mais parece um galo de briga, que nunca se entrega e luta até o fim!”, cita Mangabeira. Mas ele não citava a luta para não ser humilhado, mas a luta para ser campeão, vencer e comemorar com uma torcida que ama o time!

Assim, as três belas torcidas mineiras ganharam de seus times este ano papel, caneta e calculadora. Esse foi o presente. Resta aos dignos torcedores: ao invés de torcer por um time com jogadores campeões, torcer contra o fantasma da segundona...