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terça-feira, 12 de abril de 2016

Éramos amarelos, somos verdes!

Em pleno século XXI o Brasil caminha para sair do status de amarelo. Pretende mostrar que agora é um país maduro. Contudo, para mim, o status é verde. Estamos, talvez, no meio do caminho.
Acompanhei a votação do parecer favorável do afastamento da presidente Dilma e, consequentemente de seu partido, o PT. Assusta-me o exaltar dos ânimos. A exaltação tanto dos que são a favor quanto dos que são contra tal ato. Assusta-me a exaustiva cobertura e opinião de tantos doutores. E cada vez mais, tudo me parece escuro...
Quem apagou a luz?
Golpe? PT? Livramento? Crime? Ditadura? Bandidagem? Democracia? PSDB? Onde estamos nós?
Somos verdes porque precisamos gritar, esbravejar, esbofetar. Precisamos pintar rostos e bandeiras. Precisamos agredir, cuspir, xingar. Somos verdes, antes éramos amarelos. O que é pior? Amarelar ou se tornar verde? Ah...é democracia! Um processo de amadurecimento. Estamos vivendo para ver.
Um país de tanta lama, fome, miséria. De concessões obscuras e marginalidade hoje à flor da pele. Por outro lado um país de povo alegre e trabalhador. Sustentado por milhões de formiguinhas...
Somos verdes, antes éramos amarelos. Amarelos de contentamento e agora verdes. Posso dizer que tivemos tempo de nos preparar mas, não nos preparamos para este momento. Somos verdes. Não temos tanto conhecimento. Tanto que estamos separados.
Tanta informação e formação e estamos separados.
O que vamos dizer para nossos filhos quando nos perguntarem: quem somos nós? O que?
Diremos que somos um país que, em pleno 2016, ergue um muro de metal para separar pessoas afim de que elas não se agridam porque querem o bem do país...Paradoxo? Somos verdes, crus, éramos amarelos!
O que fizeram com nosso conhecimento. O que fizeram com nossa criança e juventude varonil? Porque esbravejamos num grito oco e vazio? Não brincamos mais e, estamos preferindo os pesadelos do que os sonhos.
Somos verdes, estamos no meio do caminho. Éramos amarelos, talvez covardes! Quem sabe um dia, não só aqui no Brasil, mas em vários cantinhos, a paz ache um lugar. Talvez um dia o diálogo seja maior que o simples abrir de boca.
Oremos.