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quinta-feira, 18 de julho de 2013

O meio não é o fim!

Atlético ontem fez uma partida regular contra o Olímpia. Time do Paraguai também regular. A ressalva é que, os dois gols, elevaram o nível de qualidade dos paraguaios. E claro, os gringos trazem para o jogo de volta uma boa vantagem. Mas, uma atuação melhor do Galo no Mineirão na volta e essa vantagem pode ser totalmente superada!

Numa leitura rápida do jogo nota-se um primeiro tempo onde o Atlético esteve melhor. Maior posse de bola e boa marcação. De repente caiu de rendimento no decorrer da etapa. Principalmente após sofrer o gol. No segundo tempo o time voltou um pouco melhor. Contudo, durante os 90 minutos, continuava notória a falta de qualidade no toque de bola e na objetividade para chegar ao ataque. Defensivamente, o Galo sofreu dois gols em erros de posicionamento e marcação. Há sim o mérito dos gols para o Olímpia.

Ronaldinho e Richarlyson não foram bem. O R10 não jogou, não entrou em campo. Ele faz falta em qualquer time do mundo. Quando ele está bem na partida é um trunfo contra o adversário. Mas ontem ele talvez tenha sido a pior atuação desde que chegou ao Atlético. Outro jogador que não atuou bem é Richarlyson. Pela lateral, o jogador vem caindo de produção e precisa se encontrar com o futebol e com a bola novamente. Não conseguirá fazer isso mais na Libertadores....

No sistema defensivo, a falta do volante Leandro Donizete é sentida tanto no combate quanto no apoio ao ataque. Donizete tem chance de atuar no jogo final, mas, é preocupante a falta de ritmo. Pode também ser uma opção do Cuca para jogar como lateral direito, no lugar de Marcos Rocha, suspenso pelo terceiro cartão.

Pierre (talvez com goleiro Victor) é o melhor jogador do Atlético. Regularidade e voluntariedade. Espírito de time, de coletividade. No ataque o incansável Diego Tardelli se não fez o gol, ao menos criou e tentou.

O Galo conquistou um lugar importante no cenário do futebol mundial. Merece a disputa da Taça Libertadores. Um título inédito. Mas precisa voltar a jogar o futebol que o qualificou para chegar nessa posição. O trabalho realizado com seriedade merece colher o fruto final. E, a torcida, merece mais ainda!

Ser apenas regular para uma final de um título inédito é pouco. Contudo não acabou. O meio não é o fim! Sete dias de preparação para o capítulo final. Sete dias que valerão o sacrifício e a caminhada de 7 meses.

Na noite de 24 de julho serão 60 mil fitados no time...não...serão milhões de atleticanos espalhados pelo mundo acompanhado essa decisão. Mas apenas 11 corações estarão dentro das 4 linhas jogando e com o poder de erguer a tão sonhada taça!

quinta-feira, 11 de julho de 2013

É TEMPO DE SER CAMPEÃO

Flávio Domenico

O tempo é feroz. Ele pode nos dar a oportunidade de uma conquista como pode tirá-la. Ele é efêmero. Por vezes obsoleto. O tempo não fala, não grita, não comemora. Ele apenas se estabelece. O tempo ensina e por vezes cobra o aprendizado.

Esse tempo esteve ontem visitando novamente o Estádio Independência. Correu por vezes, parou por outras. E ele é preciso. Nele a história se encerra por obrigação no espaço físico e permanece na alma pela eternidade.

No jogo contra o Newell’s Old Boys o tempo se apresentou para o Atlético como um cão feroz a centímetros de distancia de sua mordida. Restava o Galo correr com sabedoria contra a dor da possível ferida ou parar para devidamente enfrentá-la, curá-la e esquecê-la posteriormente. Desta vez o Atlético correu mais e eliminou essa hipótese da chaga dolorosa.

Caro leitor, o tempo é tão vasto como uma câmera de fotografia que captura a imagem no modo panorâmico. As possibilidades de cortes e registros são muitas. É preciso recortar a prioridade e o objetivo.

Nesta noite, o gestor do tempo no Independência foi o uruguaio Roberto Silvera. Ele era o responsável pelos números a serem cronometrados. Silvera tinha o poder de parar ou avançar. De começar e de encerrar o fato. O poder era tão colossal que, no primeiro tempo, foram 12 minutos parados. Ele determinou acréscimo de nove. Três minutos deste jogo ficaram perdidos no espaço e na conta do senhor juiz.

A história da primeira classificação do Galo estava sob a tortura dos minutos corridos. Em cada olhar um cronômetro. Em cada grito um segundo. Em cada batida do coração um número a mais naquele momento dramático.

O tempo também pode ser tortuoso... Noventa eram os minutos para que o Atlético marcasse o mínimo de dois gols. E marca o primeiro logo aos três! O tempo fez brotar o sentimento de euforia e no seu tardar de agonia. Seria apenas nos minutos finais, numa coroação tardia de uma contratação contestada, o segundo gol!

Houve um tempo em que a disputa de pênalti era sinal de amarga derrota para o clube atleticano. Esse tempo se foi. Tempo passado engolido pelo presente.

E assim o Clube Atlético Mineiro conquistou seu tempo para a final. Em sua cronologia centenária foi lhe reservado o ano de 2013 para ter o direito à disputa derradeira pela Taça Libertadores da América. Agora, milhões de corações apaixonados começam a bater dentro do compasso 90. Noventa minutos que separam o sonho da realidade!

O grito uníssono da massa: Galo é tempo de ser campeão!


quinta-feira, 4 de julho de 2013

A esperança em 90 minutos!

Flávio Domênico

Contra o Newell’s Old Boys, o Atlético obteve novamente uma nota que considero de regular para ruim. Infelizmente, já há alguns jogos, o elenco não se apresenta bem. Contra o NOB jogou o tempo todo atrás da linha da bola e adotou uma postura defensiva. Em toda partida deu apenas um chute a gol.
                                                                                                                           
Este número é preocupante para um grupo de jogadores que se classificaram na primeira fase da Libertadores como o melhores da competição. Seria a repetição da história de 2012? O time encanta, mas, na reta final a magia se apaga? Há uma explicação para isso?

Sabemos que o futebol moderno depende do esforço e do empenho dos jogadores dentro de campo em todas as partidas. A movimentação, entrosamento, drible, inteligência, aplicação, deve perdurar na competição. Além disso, o banco de reservas de um time profissional precisa de peças que, ao serem acionadas, possam acrescentar algo à história do jogo.

Outra peça fundamental, o treinador Cuca, nesta partida, optou por uma formação tática defensiva. Chamou a raça e a determinação dos argentinos para cima do Galo. Tanto que, Tardelli, por exemplo, se limitou a marcar. Parecia a correria de uma partida que se vê em futebol de salão. Vai e volta frenético dos jogadores. O ataque não funcionou. Sem expressão e apagados Bernard e Ronaldinho Gaúcho. Jô, na única chance, fez o gol que poderia mudar a cena do jogo. Foi anulado e há uma pós-discussão se foi ou não impedimento.

A questão é que foi um lance para ser marcado via instrumentos como luneta, telescópio, binóculo e lupa. Não gostei da arbitragem do trio chileno. Mas não foi desculpa para a apresentação ruim do time.

O Atlético se segurou no empate enquanto conseguiu. O primeiro tempo foi assim. Já na etapa complementar o Galo mudou a postura. Quando começou a apresentar melhoras na partida levou um gol por falha da marcação no começo do segundo tempo. E depois outro gol numa batida de falta espetacular do jogador Scocco, o nome do jogo. Mesmo sofrendo gol de falta, novamente o goleiro Victor foi o melhor em campo pelo time do Galo.

O resultado na argentina escreveu um roteiro dramático para o próximo capítulo: noventa minutos separam o time do Atlético do sonho de campeão ou do pesadelo da eliminação. Restará ao Galo devolver as 10 finalizações a gol para o NOB e marcar no mínimo dois gols e não levar nenhum para que a partida vá para os pênaltis. Caso se mude a postura dentro de campo é perfeitamente possível que tal fato ocorra na grama do horto mineiro. Acredito até mesmo em três gols caso o time apresente aquele futebol ofensivo e objetivo já visto este ano.

O torcedor, a grande massa apaixonada do Atlético, pode vibrar e ter esperança sim. Cabe aos jogadores, no jogo de volta no Independência, provarem que não são apenas mais um grupo de jogadores que estão de passagem por aqui. Que não é mais um elenco que passou pelo clube e fez apenas belos discursos de raça e amor à massa.

Alguns jogadores de futebol deixam marcas imortais na história do seu clube antes de saírem e ganharem o mundo: um título importante para amada torcida!


ENTREVISTANDO TOM CAVALCANTI - junho 2013

Trabalho para site Resenha do Galo


JUNHO DE 2013

Jornal Daqui 11 - Meu Vizinho é um Talento - Clarinetista Luís de Souza

 
junho de 2013

terça-feira, 2 de julho de 2013

A FILOSOFIA DO DIA

por flávio domênico

Caminhando pelas bandas da avenida Brasil veio o fato. Eu, educado e necessitado, começo o diálogo discreto:
-Bom dia, eu poderia usar o banheiro para fazer um xixi...!?
-Não, banheiro é só para quem consumir algum produto na loja...
-Hum...quanto custa essa bala?
-5 centavos!
-Me dá uma então!
-Pronto, algo mais!?
-Eu poderia usar o banheiro para fazer um xixi...!?
-Pode!
Moral da história:
Mais vale 5 centavos na mão que um xixi feito no chão....