Páginas

segunda-feira, 29 de março de 2010

Carta de uma professora da rede municipal de BH

Abaixo o email de uma querida amiga, professora e, muito dedicada e competente:

"Eu lhe escrevo com muita tristeza no coração. Tristeza porque estamos fazendo várias manifestações pela cidade, alguns meios de comunicação filmam e nos entrevistam, mas quando chegam às redações as imagens são censuradas( palavras de um cinegrafista de uma grande emissora). E sabe por quê? O prefeito manda e desmanda nos meios de comunicação( quer sejam emissoras de tv, rádio, jornais).

Só mesmo canais independentes como a PUC MINAS dá ampla cobertura e passam na íntegra tudo o que Isto nós já sabíamos. Eu acredito na justiça de DEUS, que nos enviará auxílio através de seus SANTOS e ANJOS. Flávio, como lhe disse anteriormente,o nosso desejo era acabar com a greve rapidamente,mas sabe o que o prefeito declarou através de seu assessor de gabinete ( o sr.Otílio) : NÃO TEM PRESSA NENHUMA em RESOLVER ESTE PROBLEMA.

Nós argumentamos que temos, porque têm mais de 100.000 alunos sem aula na grande BH e queremos voltar o mais rápido possível para as escolas. Então lhe peço ajuda mais uma vez. Por favor peça aos pais para ligarem para a secretaria de educação, para as regionais, para a PBH e exigirem uma negociação o mais rápido possível. Este prefeito vai sempre na mídia e diz MENTIRAS e MAIS MENTIRAS.

A próxima assembleia está marcada para segunda-feira (29/03/2010) às 14 horas no colégio MARCONI. Queremos que haja uma reunião com a secretaria antes desta data para definirmos os rumos do movimento".

domingo, 21 de março de 2010

Greve paralisa a educação municipal


Milhares de crianças e adolescentes estão sem aula. Em greve desde o dia 18 de março, professores das escolas municipais de Belo Horizonte pedem mais atenção à sua profissão

Professores municipais de diversas escolas da capital mineira iniciaram nesta sexta-feira, dia 18, uma paralisação por tempo indeterminado. Segundo os professores, desde o início do mandato do atual governo, os trabalhadores em educação tentam negociações com o prefeito Márcio Lacerda. Eles ressaltam ainda que em 2009, após algumas paralisações, duas proposta foram apresentadas: abono condicionado à extensão da jornada e a exclusão dos profissionais que adoecem.

No dia 19 de março ocorreu uma manisfestação em frente à Secretária Municipal de Educação (SMED). Não foi apresentada nenhuma proposta pela secretária aos profissionais da educação. “O que nos deixa triste e angustiados é que normalmente divulgam na mídia que há propostas de reajuste. Isto não é verdade, não se apresentou nenhuma proposta de negociação aos professores”, comenta professora Luciene Rubim.

Luciene afirmou ainda que os professores não pretendem prejudicar os alunos com uma greve longa, até porque, segundo ela, a paralisação será descontada na folha dos profissionais. Contudo todos aguardam alguma solução para que as propostas sejam apreciadas e atendidas pela prefeitura de Belo Horizonte.