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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

ENTREVISTA LUAN, TARDELLI E VICTOR

Resenha do Galo na estreia da Copa Libertadores 2013
Atlético 2 x 1 São Paulo

Repórter: Flávio Domênico
Imagem e edição: Aender Pereira



LUAN

DIEGO TARDELLI

GOLEIRO VICTOR

Atlético transforma 13 em 3!

O ano é 2013, dia 13, 13 anos sem ganhar, Jô marca aos 13, enfim, 13 é Galo.  E, nessa mística do 13, o Atlético conseguiu 3 pontos em sua estreia na Libertadores diante da forte equipe do São Paulo. Um começo de jogo tenso com a equipe paulista marcando forte e tentando manter a posse de bola. Mas o Galo não se intimidou e os jogadores se entregaram em campo. O meu destaque segue então para toda equipe do Atlético que fez valer aquilo que se viu nos treinamentos: dedicação, raça e qualidade técnica.

Enquanto o São Paulo pensava em explorar o oportunismo de Luís Fabiano e a velocidade de Osvaldo, o Atlético cadenciava o jogo nos pés de Ronaldinho Gaúcho. No começo Bernard caiu pelo lado direito enquanto Tardelli ficou pela esquerda. Mas o técnico Cuca inverteu as posições várias vezes durante o jogo. Tardelli sentiu a falta de ritmo. Mas o jogador desfilou suas qualidades e foi apoiado e aclamado pela torcida atleticana. Apesar da estreia tímida, mostrou que será importantíssimo neste ano do Atlético e já deixou sua marca de bons toques e arrancadas. Ele deu lugar ao garoto Luan que entrou bem e também tem condições de fazer um belo trabalho com o grupo.

Primeiro tempo, domínio do Atlético. Placar de 1 x 0 levado com maestria para o vestiário. No segundo tempo o São Paulo cresceu e ganhou o meio de campo. Mas neste momento brilhou novamente a estrela de Ronaldinho que fez grande jogada e cruzou para a cabeçada certeira do zagueiro Réver. O São Paulo conseguiria descontar com um gol ilegal, um lance que vi como faltoso de Aloísio em cima do lateral Júnior César. Pela interpretação do arbitro Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ) lance normal e o placar final 2 x 1 para o Galo.

ANÁLISE DOS JOGADORES E SUAS NOTAS:
CONJUNTO: Nota 8
VICTOR – Nota: 9 - Fez boas defesas e foi um dos responsáveis direto pelo placar positivo do Atlético.
LEONARDO SILVA – Nota: 8 – Seguro na zaga e aprimorando sempre o tempo de bola.
RÉVER – Nota: 9 – Preciso na zaga e ainda fez o um belo gol que garantiria a vitória.
MARCOS ROCHA – Nota: 6 – Afunilou para o meio no começo do jogo, se perdeu um pouco e falhou no final da partida quando tirou uma bola de ombro para o meio da área sobrando nos pés de Ganso que errou. Mas tem muita qualidade.
JÚNIOR CÉSAR – Nota: 6,5 – Ainda precisando aprimorar a marcação e seus apoios.
PIERRE – Nota 8 – Praticamente um xerife no esquema de defesa.
LEANDRO DONIZETE – Nota: 8,5 – Uma de suas melhores partidas pelo Galo.
BERNARD – Nota: 7 – Dedicou, correu, precisa soltar a bola mais rápido.
TARDELLI – Nota 6 – Está voltando agora, mas lutou e se entregou enquanto esteve em campo.
*LUAN – Nota: 6 – Entrou com personalidade, não sentiu a pressão do jogo e, em forma, será muito útil para o Galo
RONALDINHO GAÚCHO – Nota : 10 – Um maestro em campo, jogou até mesmo sem bola. Preciso nos passes e nas jogadas individuais. Segue assumindo a responsabilidade de conduzir o Galo nesta temporada. Na jogada do segundo gol, Ronaldinho além de driblar dois jogadores do São Paulo chega à linha de fundo, levanta a cabeça e faz um cruzamento excepcional para a cabeçada certeira do zagueiro Réver marcar o segundo gol.

*Os irmãos Richarlyson e Alecsandro entraram já no final do jogo.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

No Galo, carnaval é com bola no pé!

Atlético finalizou sua preparação com treino nesta tarde e está pronto para enfrentar o São Paulo no Independência

O Atlético treinou firme nesta terça-feira de carnaval e está praticamente escalado para enfrentar o São Paulo nesta quarta-feira de cinzas. Destaque para a presença do presidente Alexandre Kalil e do diretor Eduardo Maluf que acompanharam todo o treino de perto. A novidade no Galo será a entrada de Diego Tardelli com a camisa 9 no ataque. Seu posicionamento ainda está nas mãos do treinador Cuca.

Na Cidade do Galo um lance curioso. Após um chute de longe de Leandro Donizete, a bola sobrou para Ronaldinho Gaúcho. Ele, com muita categoria, colocou no canto direito do goleiro Paulo Victor. Destaque para vontade e boa movimentação do garoto Luan que pode ser muito útil para o Atlético. Gostei também de ver Gilberto Silva com a bola nos pés. Jogador desarmando bem, com bom vigor físico e com excelente toque de bola.

Após o treino, alguns jogadores treinaram finalização. Ronaldinho, Bernard e Richarlyson treinaram cobranças de falta à parte. Bom índice de aproveitamento dos três jogadores.

Na coletiva com Ronaldinho, após eu destacar que ele é também, ao lado de Tardelli, um ídolo da torcida do Galo, pedi para comentar o que o torcedor pode esperar dele no jogo de amanhã. Ele frisou de forma muito positiva que a torcida pode esperar muito empenho e entrega dele e de todo grupo.

“Pela torcida do Galo (pelo Independência lotado) nós jogadores corremos muito mais que 90 minutos”, destacou o jogador.  Falou de sua alegria em jogar também ao lado de Diego Tardelli, de sua posição como ídolo e da importância deste atleta para todo grupo.

Ronaldinho se mostrou muito focado e comprometido com o torneio e com a temporada do Atlético. Questionado sobre a dificuldade e possível pressão em enfrentar já na primeira rodada da Libertadores o time paulista, ele respondeu “encaramos o jogo contra o São Paulo como motivação e não como pressão”.  

Já Diego Tardelli treinou firme, com boa movimentação, bons passes. Jogador, apesar de estar num período de readaptação com futebol brasileiro, mostrou que conserva suas características de atacante. Não temos como descrever exatamente como será sua função em campo. Isso é um trunfo nas mãos do técnico Cuca. Pode cair pela esquerda e trocar com Bernard, como pode alternar durante o jogo seu posicionamento em campo.

O Galo está pronto. Elenco focado e preparado para enfrentar o São Paulo. Provável time e numeração do Atlético para amanhã: 1 – Victor, 2 – Marcos Rocha, 3 – Leonardo Silva, 4 – Réver, 5 – Pierre, 6 – Júnior César, 7- Jô, 8 – Leandro Donizete, 9 – Diego Tardelli, 10 – Ronaldinho Gaúcho e 11 – Bernard.

Primeira partida para Libertadores, um caminho longo que permeia os sonhos do Atlético e de sua torcida. Amanhã é o segundo passo. O primeiro passo foi a preparação: um carnaval no CT do Galo que, ao invés de samba, o que se viu foi muita bola no pé!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Palhaço levado a sério!

O Deputado Federal Tiririca (Prona/SP) em dois anos apresentou 10 projetos de lei, a maioria ligados à cultura. Além disso, conseguiu a incrível marca de faltar à apenas uma sessão no plenário. Contudo, por decepção com a nova profissão, ele pensa em abandonar a carreira.

Um ator palhaço e sem formação desafiou a todos e venceu a eleição com "vote no Tiririca pior do que tá num fica" e "o que é que faz um deputado federal? Na realidade eu não sei. Mas vote em mim que eu te conto". Obteve mais de 1 milhão e 300 mil votos. Foi o deputado federal mais bem votado do Brasil.

Enfim, nada contra o Tiririca, pelo contrário, ele provou como palhaço que política pode ser coisa séria. Depende de quem veste a fantasia.

(relembre os vídeos da campanha de Tiririca para Deputado Federal pelo PR/SP)




segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Futebol, o Brasil e a cultura

Grama sendo irrigada antes da partida e faltava
água nos bebedouros
Flávio Domênico

Não quero e não tenho a intenção de publicar e produzir textos somente sobre futebol. Contudo, temos de parar com ideias fundamentalistas e preconceituosas sobre o esporte mais popular do Brasil. Digo isto porque, hoje, ao observar fatos e acontecimentos do mundo esportivo, podemos traçar um perfil político, social e econômico de nosso país.



O futebol está enraizado no povo brasileiro assim como o samba, como a música, como o teatro, entre tantos outros entretenimentos.
Ontem, ao entrar no "Novo Mineirão", não passei nenhuma dificuldade. Isso porque não fui como torcedor, mas estava no pleno exercício de minha profissão.

Como estava lá para cobrir a torcida do Atlético, a pauta era mostrar a alegria do reencontro com o palco maior do futebol mineiro. Mostrar as famílias chegando, crianças, moças, rapazes, fazendo festa e aguardando o início da partida.
Mas, infelizmente, antes do apito inicial, ao andar por quase 2 horas por todo anel do estádio (onde se encontrava a torcida do Galo) eu e o cinegrafista Aender Pereira nos deparamos com cenas de desespero, tristeza, revolta, angústia e aflição.

A natureza havia colaborado. O sol brilhava. Tempo quente! Sem chuva, como queriam os organizadores! Mas o que se viu foram pessoas com sede, fome, perdidas, tentando obter alguma informação. Pais de família querendo achar um copo d'água, bebedouros sem água ou com água quente para se beber, bares fechados, preços altos dos produtos, pessoas com gelo na mão para matar a sede, enfim, começava ali um outro tipo de pauta.

O jornalista precisa angular sua matéria de acordo com o fato, com a situação.
O que aconteceu ontem no "Novo Mineirão" com o torcedor foi lamentável. Não há desculpas da Minas Arena que irão apagar as cenas que vi e registrei.

Vamos parar com a hipocrisia de condenar quem gosta de ir ao estádio de futebol, brincar e torcer para seu time. É tão importante para ele quanto pode ser para alguns, por exemplo, ir a um show do Chico Buarque num grande teatro ou, quem sabe, a um espetáculo do Cirque du Soleil.

O torcedor, o cidadão mineiro, ontem foi tratado de forma cruel e vil. Enquanto se irrigava o campo antes do jogo, faltava-se água nos bebedouros. Faltava-se água para beber.

O Mineirão não era assim. Era como se fosse a segunda casa da família mineira. Mesmo com bancos de cimentos, com a famosa "geral", ele acolhia a todos com propriedade. Os bares eram sensacionais, a comida então! O cheiro do tropeiro era outro sim. Lá fora a alegria dos amigos e amigas nas barracas para a resenha!

Minas Arena precisa estudar o futebol mineiro. Os novos gestores precisam aprender que o torcedor de futebol deve ser tratado com respeito e dignidade. Ele merece e o pior, ele paga para ser!

Banheiro misto no primeiro jogo no Novo Mineirão

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Explicar ou não explicar, eis a questão


Avenida Antônio Carlos, 13h da tarde. A natureza dando o recado: o sol está aí, fiz minha parte para colaborar com todos (principalmente com a Minas Arena)!
A chuva saiu de campo para dar lugar à festa histórica da reinauguração do Mineirão (e que saudade do antigo).

Alguns velhos novos problemas na chegada como a insistência de mão única na subida da avenida Abrahão Caram. A fila de carros era intensa faltando ainda 4 horas para o espetáculo maior.

É dia de Atlético e Cruzeiro? Sim. E dia de futebol em alto nível! Talvez. É dia de festa de torcida? Sim. É dia de alegria do torcedor mineiro? Não.

Explicar o que a Minas Arena fez com o torcedor neste primeiro jogo, na inauguração do Mineirão, merece um capítulo à parte. O Resenha do Galo registrou várias ocorrências, tristezas, desesperos e insatisfações que serão postadas em breve para que você conheça a realidade desta festa.

O jogo começou truncado. Feio. E bonito mesmo era ver o grito das torcidas. O Atlético demorou a se encontrar no jogo e o Cruzeiro aproveitou e entrou para história com Anselmo Ramon aos 23 minutos do primeiro tempo marcando o primeiro gol no Novo Mineirão. Anselmo Ramon na hora, mas as imagens não mentem!

Explicação estranha: primeiro da história foi do jogador Buglê em 1965, para Seleção Mineira, mas ele era do Galo. Segundo da história, na reinauguração, Marcos Rocha, para o Cruzeiro, mas ele é do Galo. 

Mas o primeiro cartão amarelo foi do Galo, o primeiro escanteio, a primeira sensacional defesa também foi do Galo...enfim...não foi tudo do Cruzeiro! Ah, a primeira expulsão foi da Raposa também!

Explicar? Falar para você amigo e amiga o que está claro? Todos a esta altura já comentaram. Mas tem algo que parece ser um pensamento comum: a preocupação com esquema e montagem do time do Atlético pelo técnico Cuca. Treinador não alterou bem hoje. Não conseguiu mudar esquema de jogo e o Atlético perdeu a partida com um jogador a mais.

“Fomos bem os 15 minutos iniciais do segundo tempo; não tivemos qualidade e, no jogo inteiro não conseguimos trocar passes; jogo foi muito truncado”, são algumas das palavras do treinador na coletiva. Cuca terá muito trabalho pela frente para reestruturar um time que já estava relativamente pronto. Necessita urgente de um novo esquema.

Gilberto Silva, das alterações de Cuca, foi o que jogou melhor. Falta algo no meio. Falta toque, ligação, passe. Falta Marcos Rocha se achar no jogo. Jogar como lateral e não afunilar pelo meio. Falta o Júnior Cesar fazer o mesmo pela esquerda. E o fantasma do Danilinho. Só tem esse estilo de jogo? Enfim, muito trabalho pela frente para o sr. Cuca!

Cruzeiro venceu por 2 x 1. O melhor em campo, seu treinador: Marcelo Oliveira. Galo perdeu e o melhor em campo, mesmo com a derrota: o goleiro Victor.

Estamos começando a temporada. Da derrota pode nascer uma vitória. Depende da humildade e da aceitação. Depende do estudo, da vontade de vencer.

Dar explicações no futebol tem se tornado algo às vezes severamente obsoleto. Mas são necessárias. E, explicações, contudo, não podem ser sinônimo de conformidade e teimosia.

Vamos aguardar o canto do Galo para 2013! Que venha Tardelli. Que venham as vitórias!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

RESENHA DO GALO NA FILA DO CLÁSSICO PARTE 3

Tentando falar com a bilheteria para obter algum tipo de informação.

RESENHA DO GALO NA FILA DO CLÁSSICO

Ponto de venda disponibilizado para torcida do Atlético comprar o ingresso para o clássico de domingo não funciona. Reportagem feita ontem no final da tarde. Veja os depoimentos.
Imagens: Rodrigo Duarte