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domingo, 26 de outubro de 2014

Divisão e poder perpétuo

Dilma está reeleita. Seu partido comanda o Brasil, um país de dimensões continentais, desde 2002. São 16 anos no poder. 
A renovação foi rejeitada. Mas não pela maioria absoluta. O país está dividido. Talvez tenha ganhado o marketing. O discurso mais bem feito. Porque em termos de meritocracia não vejo vitória com tanta pungência. 

Que fosse o senador Aécio. Esse também não conseguiu convencer que estava disposto a alavancar projetos e dar rumos melhores ao país.
Erro de marketing? Talvez. Aliás, o discurso midiático e apelativo de ambas as partes me assustaram. Mais pelo lado do PT.

E vejo ao final alguns foguetes e gritos enfurecidos. Sim é o voto enfurecido como postei aqui ontem.
O certo é que vivemos numa bolha econômica que pode estourar a qualquer momento. Somos escravizados economicamente via cartão de crédito, empréstimos e cheque especial. Li num muro na rua da Bahia que o crédito é escravidão moderna. Também já postei essa foto aqui. 

O país não cresce, o desmatamento da Amazônia vem aumentando. A seca assusta. A violência assusta. Educação ruim e saúde doente. Não temos como comprar. Não dá mais para fazer dívidas. Compramos um imóvel pela CEF e pagamos dois. Compramos um carro (básico e ruim) e pagamos dois. Enquanto lá fora um trabalhador almeja um carro SRV aqui você se acaba para tentar ter um 1.0 básico. O Brasil se transformou no país do 1.0. Não é só por causa do PT. Isso vem de anos e anos. Em 2002 tive esperança que o presidente Lula daria outro rumo para nossa história. Mas não foi o que vi acontecer. Está tudo errado...em Minas, em São Paulo, no sul e no norte, estamos à deriva.
Enfim, boa sorte à presidente Dilma. Espero que ela procure semear a paz e o bem estar em nosso sofrido e perigoso país.

Tenho de ter esperança. Sim, afinal, 51% do país votou na Dilma e tem esperança ou acham que ela é a melhor. Serão todos burros? Quero acreditar que não. Por isso tenho ainda esperança. Mas ao final de 4 anos pode ser que essa esperança esteja enorme ou totalmente perdida.
Deus nos ajude!

sábado, 25 de outubro de 2014

O voto enfurecido

Debate sexta serviu para mostrar que estamos longe de ser uma sociedade e um país preocupado com a vida e a harmonia social.
Mais uma vez o palco do debate entre Dilma e Aécio tremeu tanto a ponto de desconcertar um dos maiores profissionais do jornalismo brasileiro.
Os ataques não deram espaço às propostas de alegria e paz social. Lembrou-me uma guerra. E a guerra tem o céu coberto por bombas e o chão colorido de vermelho, de sangue. Na guerra não importa o cérebro mas o dedo que aperta o botão do detonador. Na guerra não importa a dádiva da visão porque a cegueira é consorte do ódio. Na guerra não há espaço para abraços porque os braços estão ocupados segurando as foices da morte.
E toda guerra começa por palavras. Por discórdias. Por insultos e ironias. Por troca de olhares furiosos e comprometidos com o particular.
Todos os debates pareciam o primeiro estágio de uma guerra. Preocupa-me. E não venham me falar que isso é democracia.
Amanhã acordarei para votar. Ao votar não estarei completamente feliz e satisfeito, mas posso estar daqui 4 anos. Dependerá do executivo que eu desejo colocar nas sofridas cadeiras de Brasília. Paciência. São 4 anos de calma em aceitar e entender esse mundo estranho.
A verdade é que não sabemos o que é ter paciência. Como canta Lenine, "enquanto todo mundo espera a cura do mal e a loucura finge que isso tudo é normal, eu finjo ter paciência". A gente finge que é solidário e paciente, mas, na verdade, somos intolerantes e egoístas. Imediatistas. Aceitamos muitos fatos e dados de acordo com a onda.
E lendo Madre Tereza, descobri com ela que, talvez, o senhor da paciência seja o mal. Ele espera o tempo que for necessário para destruir e desmanchar a vida. E a gente embarca nisso.
Chega de falar que um candidato é da pobreza e o outro é da riqueza. Não dá mais. Vote naquele que você acredita mas, não embarque em discursos popularescos e vazios. Diga não ao fundamentalismo.
Lembre-se, que ao brigar como um louco pelas ruas por Aécio ou Dilma que, o seu candidato (a) a presidente (a) da república não pegará ônibus, não frequentará clubes populares, não terá carro popular, não ganhará um salário baixo, não usará cartão de crédito ou cheque especial para sobreviver, não sofrerá com falta de água e comida, não andará à pé e não terá filho estudando em escola pública.
Bom voto. Vote em paz!

sábado, 18 de outubro de 2014

ELEIÇÕES 2014

Denúncia: falta de água nos debates

Assusta-me a manipulação e o fanatismo político que vem se espalhando no Brasil. Vem de ambos os lados. Vem da esquerda, vem da direita, do centro, da diagonal, transversal, vem de tudo quanto é canto e direção.
Assusta-me debates para o cargo do mais alto executivo do Brasil ser pautado por ironias e acusações. Tenho visto o jornalismo ficando à parte disso tudo. Artigos opinativos que leio expressam mais uma posição partidária e apaixonada por bandeiras do que a realidade dos fatos. Nas pesquisas eu já não confio mais.
Se de um lado o PT se apresenta sedento por perpetuar seu poder, por outro, o PSDB tenta suprir a perda em vários estados. E lançam-se discursos de socialismo e capitalismo. É como se uma nação precisasse exatamente de um dos dois para sobreviver à miséria e aos caos social. Não é isso!
Varrendo a praça Afonso Arinos esta semana
Um singelo exemplo: não vi um candidato sequer tocar no assunto da água. Isso é o principal assunto do momento. Isso já é um temor real. Até porque a água, não demorará, será um parâmetro determinante para poder e moeda.

Não falam com propriedade sobre o desmatamento da Amazônia. E não quero saber se a Globo é isso ou aquilo, mas vi uma matéria excelente no Fantástico sobre a relação do desmatamento cruel da Floresta Amazônica com a falta de chuvas e as seca em locais até então irrigados por farturas de água.
Nenhum candidato até agora mencionou esse problema de forma veemente. E a energia elétrica que move o país? Vem principalmente da força da água. Como usar os smartphones, computadores, satélites, televisores, rádios, sem ela? Como iluminar as ruas e as casas? Sim, isso tudo vem, principalmente da água. Mas todos, todos, se esquecem disso.
Um detalhe menos importante que por tudo para funcionar: e o consumo de água para o organismo humano e animal? Como será?
Aqui em Belo Horizonte já falta água em alguns bairros. Vários amigos e amigas já notam falta de pressão em suas torneiras. E vão colocar a culpa num banho demorado!? Em lavar roupas e vasilhas?
Aprendemos nas aulas de geografia que as matas ciliares protegiam os rios. Mas ignoramos. Veja Macacos, nascente do Arrudas, Serra do Curral. Tudo poluído e destruído por nós, pelo lixo, pela mineração e assolado pelo desmatamento em nome do progresso!
Enquanto isso o debate na tv é pautado por agressões verbais e olhares enfurecidos e sedentos por poder. Os grupos estão desesperados. Vamos perder o poder!! Meu Deus!
É de se vomitar tudo isso. É um nojo.
Não votarei nulo ou em branco. Votarei. Votarei por mudança e por esperança que algo novo nos ajude. Não tenho nada contra esse ou aquele partido. Não morro de amores por esse ou aquele candidato. Morro de amores é pela minha família e pela vida
.
Temo chegarmos a situações de caos, de desespero, de violência extrema.
E termino afirmando: se os partidos políticos brasileiros estivessem realmente preocupados com o Brasil, se uniriam para construir uma sociedade justa e próspera. Por que a urgência bate à porta. Mas não é isso que eles almejam!
Falta água nos debates, quem sabe esse não foi o motivo de nossa atual presidente ter passado mal ao vivo no SBT.
Fim. Vou ali tomar um copo d'água. Acabou de ler? Corre lá e toma também, aproveite enquanto tem!