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domingo, 8 de abril de 2018

Galo é um no Independência e outro no Mineirão

Expulsão do Otero, escanteio não dado quando Fábio defendeu no primeiro tempo, não expulsão do Edilson. Enfim, alguns erros de arbitragem prejudicaram de certa forma uma evolução melhor do Atlético no jogo desta final. Mas não podem servir de ponderação única pela perda do título.

O time foi um no Independência e outro no Mineirão. O Atlético não conseguiu jogar. Otero foi expulso aos 21 minutos do primeiro tempo e até ali o Galo não havia entrado no jogo. Se entraria ou não com a permanência de Otero e uma possível expulsão depois de Edilson? Jamais saberemos.

Falando do jogo, o Galo não deu um chute a gol no segundo tempo. Um chute. No primeiro tempo apenas um chute. Clássico serve como um bom teste para ambos os times. Mas não é o veredito final. Acredito que o Cruzeiro vem numa caminhada longa já com Mano Menezes, para mim, um dos melhores técnicos do Brasil. Time de boas peças e está bem encaixado. O Galo aposta em Thiago Larghi que, já mostrou qualidade, embora tenha perdido o título Mineiro hoje. Com relação a elenco o Atlético precisa se reforçar, no mínimo, com um bom lateral direito e um possível camisa 10, alguém que organize o meio de campo. Há carência ainda de um bom zagueiro.

Falta regularidade ao Atlético nos momentos decisivos.  Não se pode fazer uma partida de 180 minutos apenas em 90 minutos. Não se pode esquecer do jogo. Futebol é um jogo. E se ganha ao final. Hoje o Atlético entrou em campo e fez uma partida muito, mas muito ruim.

Eu resumiria os dois jogos da final que decidiram o título Mineiro de 2018 como coloquei em meu twitter (https://twitter.com/flaviodomenico):

Atlético fez uma ótima primeira partida e o Cruzeiro, uma boa partida. Cruzeiro fez uma ótima segunda partida e o Atlético, uma partida muito ruim. Além da imaturidade do Otero, Galo em momento algum lembrou o time do Independência.

 

domingo, 1 de abril de 2018

Decretado: que o Galo Larghi na frente!


Por mais que a final Atlético e Cruzeiro seja premeditada e querida por todos, os clássicos são sempre recheados de surpresas e de muita emoção.

No último domingo, domingo de Páscoa, não foi diferente. No primeiro jogo da final Atlético e Cruzeiro protagonizaram mais um clássico emocionante. Na história do Campeonato Mineiro são 276 jogos, 116 vitórias para o Galo, 69 empates e 91 vitórias do Cruzeiro. São 664 gols!
O Cruzeiro terminou a primeira fase em primeiro lugar e entrou para as finais com uma vantagem de jogar por dois placares iguais. Time celeste fez um primeiro turno irretocável sob o comando de Mano Menezes. Correndo por fora veio o Atlético, que terminou a primeira fase em terceiro lugar, 11 pontos atrás do Cruzeiro e vem apostando na possível revelação brasileira da nova geração de técnicos, Thiago Larghi.

Galo tira vantagem e faz 3x1

O Atlético vem mudando sua postura em campo. Tal afirmação se deu principalmente no último jogo contra o América. Thiago Larghi conseguiu, enfim, acertar o posicionamento do volante Elias e assim, favorecer mais a participação de Cazares no jogo. Além disso, Adilson ganhou um companheiro na proteção da zaga.
Contra o Cruzeiro no último domingo não foi diferente. Sabendo que precisa reverter a vantagem, o Atlético repetiu a formação do jogo contra o América e foi para cima do Cruzeiro. Já no primeiro tempo, num jogo muito movimentado o Atlético finalizou 5 vezes de forma certeira contra 3 do Cruzeiro. Mas em 9 minutos, a partir dos 36 do primeiro tempo, o Atlético fez 3 gols. Parecia que poderia, inclusive, voltar para o segundo tempo e ampliar o placar.

O Cruzeiro estava desorganizado em campo. Em pleno dia da mentira, parecia mesmo irreal que um time tão organizado como o de Mano Menezes estivesse perdido logo ao enfrentar seu maior rival.

No segundo tempo o jogo continuou franco. Foi um clássico na bola e de muita técnica aplicada em ambos os lados. O Cruzeiro voltou com Arrascaeta no lugar de Rafinha que não havia feito um bom primeiro tempo. E essa alteração resultou no gol do Cruzeiro que diminui a vantagem do Galo e levou para o Mineirão o veredito fina: 3x1 para o Atlético e o Cruzeiro agora jogará no próximo domingo precisando ganhar de dois gols de diferença para levar a taça do Campeonato Mineiro. Taça essa que foi para a Toca da Raposa pela última vez em 2014. Já o Galo, pensando no último título do Cruzeiro em 2014, pode levantar a taça do Campeonato Mienrio pela terceira vez caso mantenha sua vantagem no jogo de volta no Mineirão!

O meio da caminho

Cruzeiro enfrenta o Vasco pela segunda rodada da Taça Libertadores da América já no meio desta semana. Terá de dar uma pausa no pensamento do jogo de domingo, no jogo da volta contra o Galo. E o Atlético faz o jogo de volta também no meio desta semana contra o Ferroviário do Ceará pela Copa do Brasil. Semana movimentada! Semana que promete!

Início quente para Atlético e Cruzeiro. Ambos os times estão num bom caminho. O Cruzeiro numa sequência com Mano. Um time compacto, veloz e capaz de apresentar um futebol envolvente e muito competitivo. Tem boas peças. Tem um excelente entrosamento.

Já o Atlético vem se refazendo. A partir do trabalho do então interino, Thiago Larghi, o Galo vem fomentando um jeito novo de jogar. De forma mais equilibrada e coerente. Hoje já se nota uma postura agressiva e forte nos jogadores, coisa que não se via há tempos.

Fato é que o ano realmente está só começando para os mineiros! Um meio de semana recheado de emoção na Libertadores e na Copa do Brasil. Mas, emoção mesmo, está reservada sem dúvida para domingo na grande final do Campeonato Mineiro, no Mineirão.

Desta vez, foi decretado que o Galo “Larghi” na frente! Mas o trabalho de Mano não pode ser ignorado e o Cruzeiro promete vir forte para cima do Atlético afim de reverter o placar. Ganha o torcedor. Ganha o futebol mineiro!

Que seja novamente um clássico de paz e de muito futebol dentro de campo!
Aproveito para desejar uma Feliz Páscoa para você e toda sua família! Muita paz, renovação e atitude nova para todos nós, homens e mulheres de bem! Lembremos sempre: somos muito mais, em Deus!