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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Galo: a massa é campeã da Libertadores!

*uma homenagem à torcida do Clube Atlético Mineiro, campeão da Taça Libertadores da América 2013

Flávio Domênico

Ela sempre esteve lá. Apertada, folgada, barulhenta, algumas vezes marrenta, mas apaixonada até o infinito. Companheira fiel e infalível. Não importava o momento. Não havia condição, não havia cálculos.

Por ser centenária já era amiga do tempo. Soube superar toda e qualquer demora. Soube esperar o momento. Até porque não vivia de fatos e glórias, mas de um amor incondicional que dispunha as vitórias!

Ela jamais pensou em ir embora. O grito para marcar presença é sempre sua oração.
Sofrida? Aflita? Não, encantada! E corre e desce, e grita e estremece. Era bandeira, era tambor, era na cadeira ou na geral, era amor. Por vezes comparada, mas nunca superada. Desapegou-se dos números e estáticas, nunca se importou com retóricas prolixas!

Como diria nosso saudoso escritor Artur da Távola , “Afinidade é não haver tempo mediando a vida. É uma vitória do adivinhado sobre o real. Do subjetivo para o objetivo. Do permanente sobre o passageiro. Do básico sobre o superficial”. Ela é exatamente assim! Um sentimento afinado em preto e branco!

Algo que não dá para ser explicado, pois, não foi concebida para ser estudada e sim experimentada. Ela não torce. Não, porque torcer para ela é muito trivial.

Assim é a torcida do clube Atlético Mineiro, do Galo! Assim é a massa do Galo!
Uma torcida que irradia tanto amor que é capaz de interceder aos céus para que o milagre aconteça! Uma massa onde o sorriso liberta e o choro lava a alma! Capaz de ressuscitar um gênio, atrair de volta o ídolo, transformar um pequeno num gigante!

A Libertadores da América é de prata, a Libertadores é do Galo! Nesta prata que conquista e unifica todas as Américas se reflete o rosto e o amor de cada torcedor, de cada torcedora! Hoje, ao encostar o ouvido nesta taça escutaremos o canto apaixonado e o bater ímpar de cada coração atleticano!


“Nós somos do Clube Atlético Mineiro...uma vez até morrer!”