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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Uma epidemia que avança em preto e branco!


foto flávio domênico
2012 já é o ano do Galo. Independente do que vai acontecer. Números dignos de um verdadeiro campeão são computados a cada rodada. A vitória sobre o Botafogo nos remete à 71. Ao primeiro título. A um time guerreiro e que brindava uma torcida apaixonada.

Temos hoje um grupo de jogadores do Atlético que se prepara a cada jogo para enfrentar uma batalha pelo título. Esse é o segredo que foi descoberto ou querido enfim pelo Galo. A fórmula que não é secreta. O caminho simples e eficiente para ser campeão.

Foram anos cobrando raça, amor, dignidade, futebol...
Foram anos que a torcida pediu o time de volta...
Foram anos esperando uma luz acender, uma esperança de bola no filó.

Jogos numa arena digna de uma independência moral e absurda. Ali, o respeito ao adversário é ofuscado pela colossal vontade de vencer. O simples balançar das redes que desperta milhares de corações. Faltava luz? Agora não falta mais. É que o brilho dos olhos de cada torcedor e de cada torcedora tem iluminado a carreira vitoriosa desta equipe.

O gol hoje é apenas um detalhe esperado. Não um sofrimento guardado. Assim se escrevem os dias do Clube Atlético Mineiro neste ano de graça. O que se espera é que essa contagiante epidemia em preto e branco não se cure jamais.

Antes que a primeira etapa se finde já se tem uma criança, campeã; vovô e vovó, campeã; mãe e pai campeão; homem campeão, mulher campeã. Em meio à massa se reencontra a alegria e a união, que pode talvez ser passageira mas, só até o próximo jogo!

Que o canto de campeão deste Galo nasça a cada sol e se debruce sob o final de cada dia deste belo horizonte.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Caminho do Galo é sem assombrações!


O empate do Atlético ontem frente ao xará de Goiânia não é nenhuma assombração. O Galo continua líder. Contudo nos remete para um simples alerta: o time está bem, mas, em algumas partidas vem sofrendo com a dificuldade em finalizar e converter as oportunidades de ataque em gols.

Um dos atletas que mais perdem chances é o atacante João Alves de Assis Silva, o Jô! Justiça seja feita: ele perde porque está lá para conferir. Jô assumiu o ataque do Galo logo após a saída do então atacante André, expulso contra o Corinthians na 2ª rodada do Brasileiro. Já na 3ª rodada, no jogo contra o Bahia, Jô precisou fazer dois gols para valer um (curioso: neste jogo, Paulo Henrique entrou e chutou ainda duas bolas na trave).

Em sua bagagem, o atacante Jô coleciona 10 títulos entre nacionais e internacionais. No Galo, marcou somente cinco gols até agora pelo Brasileiro. Mas gols importantes como o da vitória sobre o Vasco. Voluntarioso e com grande empenho em campo, Jô adquiriu a confiança da torcida. Não retiro de Jô a responsabilidade da competência, mas é inegável que andou lhe faltando um pouco da senhora sorte. Ontem, por exemplo, mandou duas bolas na trave!

No Serra Dourada a equipe não se portou muito bem. Não soube sequer aproveitar o fato de jogar com um jogador a mais desde os 21 minutos do primeiro tempo. O Atlético-GO teve méritos em abrir o placar e vinha fazendo uma boa partida até a expulsão (justa) de Joilson.

Cuca também não foi feliz em suas substituições. Contudo é ele quem comanda e vê o desempenho dos jogadores durante a semana. Mas, mesmo sem eu ver, não entendo o porquê do banco fixo de Felipe Soutto. Ontem, com uma substituição, Cuca poderia ter mudado o estilo do Galo de jogar.

Na minha opinião, a entrada de Soutto no lugar de Guilherme (que não vem atuando bem quando entra como titular), daria mais qualidade na saída de bola no meio de campo, liberaria os laterais para o ataque. Além disso, manteria a qualidade da defesa com três volantes e uma saída forte para o ataque. Mas Cuca insistiu em jogadores como Richarlyson, Serginho e Escudero. O bom jogador advindo da base, Paulo Henrique, também pode ser uma boa alternativa no ataque.

No próximo jogo, diante do Botafogo, espero que o técnico do Galo tenha tempo para trabalhar melhor suas mudanças. Suas variações. Segue a missão nobre de se segurar uma liderança. Não há medos ou assombrações pela Cidade do Galo. Há sim, um caminho árduo a se percorrer e desafios grandes pela frente!
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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Quando se acende o brilho de uma estrela

Em junho de 2012 sugeri no programa Resenha do Galo (www.resenhadogalo.com.br) e pelo meu twitter (@flaviodomenico) o início de uma campanha a favor do #sepositivo.
Isso porque a negatividade de comentaristas e da imprensa num geral em cima da discreta chegada de Ronaldinho Gaúcho ao Atlético era algo estarrecedor. Baladeiro, ex-jogador, desune o grupo, sem compromisso, não joga mais como antes, entre outros peculiares adjetivos maculavam a construção de sua imagem em Minas Gerais. E se ele não jogar? E se ele começar com as baladas?

Assim, entendi que, mesmo como jornalista, eu poderia pensar ao contrário. Pegar uma carona na contramão do fato. E se ele jogar!? E se ele for o Ronaldinho? E se ele assumir o papel de levar o Galo à disputa do título como disse na sua entrevista de apresentação!?

Alegria de um mero repórter perto de um ícone
do futebol mundial
Procurei sondar o assunto por outras vias. Desde minha conversa com seu irmão e empresário Assis e, neste último domingo, nos bastidores do Independência, antes do jogo com o narrador da Rede Globo, Luiz Roberto, conclui que Ronaldinho nunca deixou de ser temido por todos.

Percebo ainda que, antes dos jogos, a comum frase “não vamos marcá-lo individualmente” é uma mentira! É mais uma tentativa de desmerecer o talento de um ídolo internacional, hoje ídolo da massa atleticana.

No jogo contra o Vasco, após sofrer na véspera outra tentativa de desestabilizar sua vinda às terras mineiras, ele entrou em campo com sede de vitória. Digno de um campeão. De um general. De um líder nato. Correu, vibrou, lutou, driblou, bateu falta como nunca e fez a jogada que resultou no carimbo da liderança absoluta do Clube Atlético Mineiro no Brasileiro 2012.

Hoje não adianta mais. A redenção está à porta. Rendidos todos pelo talento de Ronaldinho e por um grupo de jogadores briosos e determinados a vencer.
Foram vários os fatores que pesaram e irão ainda pesar contra o Galo, contra Minas Gerais. Sempre foi assim. Mas, hoje com a comunicação visceral das redes sociais e com um personagem internacional no time, não será fácil ludibriar o jogo. A visibilidade dos jogos é matizada por uma exposição colossal.

Os três pontos parecem que estão escritos na cabeça dos jogadores. É aquilo que sempre falamos: no campeonato de pontos corridos, cada jogo é uma final. Ganha o torcedor. Ganha o futebol. Ganha a paixão pelo esporte que adentra o século XXI senhor dos corações de homens e mulheres em todo país.

O Galo segue líder, com um jogo a menos, quebrando tabus e conquistando espaço. Enalteço o excelente trabalho do técnico Cuca, que cresceu muito como profissional dentro do Atlético. A vida é assim. O crescimento vem para o humilde, para aquele que trabalha e precisa vencer. Assim é o Cuca no Galo. Não é o astro. Não é a estrela. Mas pode ser considerado como um instrumento que acende a luz do foco de seus comandados.

Houve sim a reunião com Kallil, houve sim a cobrança. Mas não havia necessidade de gerar um clima de desastre às vésperas de um jogo importante como foi o do Vasco. A resposta foi dada como deve ser: em campo.

Com relação às notícias, cabe a cada torcedor selecionar o que vai ler, o que vai ver. Futebol é como um jornal impresso: tem as páginas com notícias que edificam e tem as mortíferas. A escolha da leitura é de cada um de nós!
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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Futebol: a história que conta o fato

Bandeirão do Galo enfeita Arena do Jacaré
O futebol no Brasil está fortemente atrelado à cultura da população. Ao jeito de viver, ao jeito de pensar, ao jeito de se divertir, de ouvir rádio, de ver televisão.

Charles Miller trouxe a amada bolinha para nosso país no final do século XIX. Uma paixão inicial que era somente para elite. Mais tarde seria uma paixão popular na vida de um país sedento por liberdade, união e democracia.

Junto com a bola, Miller trouxe debaixo do braço um livro de regras. Houve a preocupação desde o início de se aprender o jogo. De ser um esporte. De ser levado a sério.

Mais tarde o futebol se enlaçaria com a comunicação. O casamento rádio e futebol a partir do século XX e, depois, com a televisão, alavancaria tanto o esporte quanto os empresários do ramo. Surgiram as torcidas, o amor, a vibração! Surgia o encanto das arquibancadas, um reflexo da arte que se via nos gramados.
Passo então para uma questão delicada. Quando o futebol saiu da condição de paixão e virou um dos mais atrativos meios de business do mercado atual a coisa complicou. Hoje, com o envolvimento de milhões de dólares, euros, reais, entre outras moedas, o futebol se desenhou, principalmente a partir da década de 90, como um negócio lucrativo e rentável.

Nesta mistura heterogênea (mas por vezes homogênea) entre paixão e lucro, o esporte vem se redesenhando e sobrevivendo em seus limites e atrações.
O centenário Clube Atlético Mineiro vive essa história de forma absoluta. Um time com histórico vencedor e de conquistas brilhantes que arrebanhou torcedores fiéis espalhados por toda Minas Gerais e por todo Brasil.

Não ousaria dizer ao estimado leitor e à estimada leitora que, o Galo, vem sendo roubado (ou furtado) nos últimos 30 anos. Seria pejorativo e presunçoso de minha parte tal comentário. Mas, fatos estranhos ocorreram neste tempo que, de certa forma, marcou jogadores, instituição e a torcida.

Certos de infortúnios ou não, ao se analisar 77, 80, 81 e 2012, encontraremos estranhas semelhanças de fatores extracampo que, de certo modo, ceifaram momentos de felicidade do clube.

Hoje, com o advento da tecnologia, com a velocidade da mídia e da informação, ficaram mais expostos alguns erros e situações. Tais fatos comprometem por vezes aquele futebol romântico e apaixonante do final do século XIX.

Na semana que se passou, o simples adiamento da partida entre Flamengo e Atlético, que valeria pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2012, já é um sonoro alerta aos amantes do futebol. Não só os vinculados ao Atlético.

O Galo saiu imune desta decisão, não perdeu a liderança e ainda tem um jogo a menos. Joga duas partidas no Independência e pode conquistar 6 pontos importantes. Contudo, não deu para entender a decisão da CBF em adiar o jogo.

O momento do histórico clube carioca não era bom. Até o dia 26 de setembro, data homologada para se realizar o jogo adiado, as coisas já terão melhorado muito para o clube de regatas da Baía de Guanabara! Liedson por exemplo, não estaria em campo e, quem sabe se dará um jeito de entrar em campo na data postergada. O Flamengo fazia a transição de seu comando técnico. Nesta data já estará consolidada a comissão!

São fatos que mostram bastidores questionáveis de um esporte democrático e popular. Resta ao Clube Atlético Mineiro ignorar tais fatos e reescrever sua tradição neste ano. Passar por cima destes momentos políticos e isolados. É hora de dar uma resposta em campo para o mundo.

O fato de se ter Ronaldinho Gaúcho no time acende holofotes internacionais para todo o trajeto do Atlético na competição. Desta vez não será fácil ganhar do Galo em campo e, muito menos, fora dele.

Hoje rumores de armações e tramóias pipocam por todos os lados. Todos comentam e querem dar furos e explicações. Mas, o que se realmente espera é que o Atlético esteja blindado contra essas questões.

Tenho um fio de esperança que se prevaleçam soberanas as regras e o cuidado de Charles Miller, pai dos primórdios deste vitorioso futebol brasileiro!