*uma
homenagem à torcida do Clube Atlético Mineiro, campeão da Taça Libertadores da
América 2013
Flávio Domênico
Ela sempre
esteve lá. Apertada, folgada, barulhenta, algumas vezes marrenta, mas apaixonada
até o infinito. Companheira fiel e infalível. Não importava o momento. Não
havia condição, não havia cálculos.
Por ser
centenária já era amiga do tempo. Soube superar toda e qualquer demora. Soube
esperar o momento. Até porque não vivia de fatos e glórias, mas de um amor
incondicional que dispunha as vitórias!
Ela jamais pensou
em ir embora. O grito para marcar presença é sempre sua oração.
Sofrida? Aflita?
Não, encantada! E corre e desce, e grita e estremece. Era bandeira, era tambor,
era na cadeira ou na geral, era amor. Por vezes comparada, mas nunca superada. Desapegou-se
dos números e estáticas, nunca se importou com retóricas prolixas!
Como diria nosso
saudoso escritor Artur da Távola , “Afinidade
é não haver tempo mediando a vida. É uma vitória do adivinhado sobre o real. Do
subjetivo para o objetivo. Do permanente sobre o passageiro. Do básico sobre o
superficial”. Ela é exatamente assim! Um sentimento afinado em preto e
branco!
Algo que não dá
para ser explicado, pois, não foi concebida para ser estudada e sim
experimentada. Ela não torce. Não, porque torcer para ela é muito trivial.
Assim é a torcida
do clube Atlético Mineiro, do Galo! Assim é a massa do Galo!
Uma torcida que
irradia tanto amor que é capaz de interceder aos céus para que o milagre
aconteça! Uma massa onde o sorriso liberta e o choro lava a alma! Capaz de
ressuscitar um gênio, atrair de volta o ídolo, transformar um pequeno num
gigante!
A Libertadores
da América é de prata, a Libertadores é do Galo! Nesta prata que conquista e
unifica todas as Américas se reflete o rosto e o amor de cada torcedor, de cada
torcedora! Hoje, ao encostar o ouvido nesta taça escutaremos o canto apaixonado
e o bater ímpar de cada coração atleticano!
“Nós somos do
Clube Atlético Mineiro...uma vez até morrer!”