Não Culpi somente o “pôfexor”!
Caminhamos para oitava
rodada do Brasileiro. Diferente de alguns anos, Atlético e Cruzeiro precisam se
refazer durante a competição. Parece que a lição de preparo e constância está mesmo
longe dos clubes brasileiros. Talvez seja a economia selvagem de valores
colossais que permeiam o esporte. Não creio tanto em falta de planejamento. Erros
gritantes das atuais diretorias. Mas sim de uma gestão específica no futebol
mais competente. Gestão essa que envolve: treinador, atletas e contratações.
Fato é que o
Campeão Brasileiro e o Campeão da Copa do Brasil começaram o ano e passam por
uma ligeira turbulência.
No Cruzeiro,
após a saída de vários jogadores titulares da equipe, foi a vez de Marcelo
Oliveira ser convidado a deixar o cargo. Um ciclo vitorioso com aproximadamente
66% de aproveitamento no geral. Marcelo não teve reposição à altura de
jogadores. Insistiu muitas vezes também num esquema que já não funcionava. E,
alguns jogadores, coomo Gabriel Xavier, não conseguiram boas apresentações sob
seu comando. Veio então Luxemburgo, mantém o mesmo estilo de Marcelo, mesmo
elenco e consegue vencer dois clássicos seguidos: Atlético e Flamengo.
Fica a pergunta:
fator era motivação do técnico com os jogadores? Motivação? Não. São coisas
estranhas do mundo do futebol. Quase que obscuras para o torcedor.
Mas, ainda é cedo
para determinar o 2015 do “pôfexo” na Raposa. Contudo, se continuar nessa
toada, o ano pode ser promissor.
No Atlético a
situação é de sinal amarelo para atual momento. Equipe perdeu Tardelli no fim
da temporada, Rocha machucado (dizem que já em negociação), Guilherme lutando para
conseguir condição de jogo e agora, Luan, um dos jogadores mais aplicados do
elenco.
No Atlético temos
as atenções atuais voltadas também para Levir Culpi.
O técnico adotou um
esquema com um volante e fez o Atlético apresentar por um tempo um futebol que
se destacou no cenário nacional. Contudo, o esquema foi estudado por ouros
técnicos, como sempre acontece. Hoje o trabalho de Levir começa a ser também
questionado pela insistência em alguns jogadores do elenco, como Dátolo e
retirada de alguns, como Leandro Donizete.
O Atlético jogo
com o excelente volante Rafael Carioca, que, tem como característica a marcação
por zona. Parece evidente que o time está vulnerável na marcação e na ligação
do meio com o ataque. Contudo, Levir vem usando de certa insistência em sua
formação de equipe. Isso tem irritado o torcedor que já começa a cobrar uma
postura de estudo e alternativa do treinador.
Alguns jogadores
do Atlético não correspondem em campo e outros são, de certa forma,
prejudicados pela atual formação tática. Caso do Pratto que não tem recebido
bolas para finalizar. No jogo contra o Santos o jogador foi obrigado a sair de
sua posição para buscar o jogo, mesmo o time jogando sempre visando o ataque.
Algo então está errado.
Pensemos caro
amigo e amiga que, a caída de rendimento dos times em campo, não é culpa apenas
do treinador. Houve um trabalho bem feito em ambos os times, mas é hora mesmo
de repensar a estratégia para almejar um novo ano vitorioso. Mesmo que não
venham os títulos, mas o futebol aguerrido e técnico tem de aparecer. Chegou a
hora de Atlético e Cruzeiro se refazerem na competição. Se não vem dando certo,
que se treine mais e se estude mais. É assim em todas as profissões e no
futebol não é diferente. O treino e a dedicação são importantes assim como a
qualidade individual e esforço de cada envolvido.
Até a próxima!