Beto Guedes grava no Palácio das Artes

O músico mineiro Beto Guedes se apresentou ontem no Grande Teatro do Palácio das Artes com show para gravação do DVD “Outros clássicos”. Na banda, nomes consagrados de Minas Gerais como Augusto Rennó e Ian Guedes (filho do cantor) nas guitarras e violões; Cláudio Faria no teclado; Esdras do Nascimento (Neném), na bateria e Adriano Campagnani no contra-baixo.

Como convidados da noite, a cantora baiana Daniela Mercury, o maestro Wagner Tiso (piano) e o músico Célio Balona (acordeom). O cantor abriu a noite com músicas conhecidas. Beto é um cantor simples, tímido e aparentava um pouco de nervosismo no palco. Nada que ofuscasse sua brilhante carreira musical. Contudo, os esquecimentos de letras começaram a fazer com que seu público muitas vezes, ao invés de curtir as músicas, torcesse para que tudo desse certo.

Parece-me um pouco complicado tentar gravar um DVD numa única noite de quarta-feira. Poderia ter dividido a gravação em dois dias ou, até mesmo, tentar marcar a gravação para um final de semana. Em alguns momentos, Beto Guedes, com ótimo humor, procurava descontrair o público (e a ele mesmo!) devido aos erros. Principalmente o velho esquecimento das letras!

O show começou às 21h e até as 23:30 não havia terminado. No inicio estava totalmente lotado, mas já no final, muitos desistiram de acompanhar a gravação, talvez pelo horário avançado. Afinal, na quinta-feira cedinho a labuta continuaria para a maioria!

Beto Guedes é um dos ícones da música mineira. Fica um aprendizado para a produção do show, que merecia ser nota 10, mas não foi. Merecia uma produção mais detalhada neste novo projeto. Contudo, ouvir Beto Guedes e ir ao seu show é sempre algo mágico e gratificante para o coração!

Freiada na construção

O Governo de Minas, com o governador Aécio Neves ainda em exercício, "inaugurou" na capital mineira as obras da avenida Antônio Carlos, trecho em frente ao Conjunto Iapi, no dia 30 de março.

Em nota à imprensa, o governo do estado disse que não inaugurou, apenas "entregou" a obra a população. "Entregou" é melhor do que "inaugurou". Eufemismo? Não sei. Na verdade, em carta divulgada pelo site da Globo Minas, o governo informa que, até maio, a obra estará definitivamente concluída no trecho do bairro São Cristóvão, próximo ao DI da Lagoinha e ao IAPI.

O que se pode notar hoje é que as obras parecem estar meio que paradas ou desaceleradas. Contudo, questionei um operário hoje pela manhã sobre o andamento. Ele disse que realmente as obras estão em passos mais lentos mas que, até o fim de maio, o viaduto e as vias estarão prontas.

Resta ainda a população conviver com as dificuldades de se passar para ir ao trabalho numa área de terra, com pouca sinalização e mal preparada para trafego de pedestre. Mas, cabe a paciênica dos trabalhadores que andam por lá, afinal, o progresso requer certos sacrifícios.

Vamos aguardar! Restam ainda 23 dias!

As obras de duplicação da av. Antônio Carlos receberam orçamento de 250 milhões de reais, 190 milhões do estado e 60 milhõe da Prefeitura.

Obrou e pintou a obra!

flávio domênico

Segunda-feira, 26 de abril, 8h45, centro de Belo Horizonte. Eu, mero mortal, respirava o ar matinal de monóxido de carbono da Afonso Pena, via glamurosa, coração da frondosa capital mineira.

Fui sacar um pequeno capital num caixa eletrônico. Tarefa estranha, já que não tenho espécie no bolso ou em banco há anos. Mas, temos de pagar, pagar, pagar, o pagamento não pode parar!

Assim que entrei fui surpreendido por essa singela imagem, ou melhor, obra de arte. Algum artista entrou na agência e esculpiu em diversos caixas eletrônicos uma obra de arte nas telas e nos teclados. O original: ao invés das habituais tintas ele usou cocô! Isso mesmo: fezes. Obrou e foi fazer a obra! Lindo, uma dicotomia de pensamentos corriqueiros!

Então fiz questão de clicar e registrar! Aprecie, com moderação!

(ah, desculpe-me, não podia deixar de falar: onde está a segurança destes bancos? Ah, e, onde está a educação deste cidadão?)

Carta de uma professora da rede municipal de BH

Abaixo o email de uma querida amiga, professora e, muito dedicada e competente:

"Eu lhe escrevo com muita tristeza no coração. Tristeza porque estamos fazendo várias manifestações pela cidade, alguns meios de comunicação filmam e nos entrevistam, mas quando chegam às redações as imagens são censuradas( palavras de um cinegrafista de uma grande emissora). E sabe por quê? O prefeito manda e desmanda nos meios de comunicação( quer sejam emissoras de tv, rádio, jornais).

Só mesmo canais independentes como a PUC MINAS dá ampla cobertura e passam na íntegra tudo o que Isto nós já sabíamos. Eu acredito na justiça de DEUS, que nos enviará auxílio através de seus SANTOS e ANJOS. Flávio, como lhe disse anteriormente,o nosso desejo era acabar com a greve rapidamente,mas sabe o que o prefeito declarou através de seu assessor de gabinete ( o sr.Otílio) : NÃO TEM PRESSA NENHUMA em RESOLVER ESTE PROBLEMA.

Nós argumentamos que temos, porque têm mais de 100.000 alunos sem aula na grande BH e queremos voltar o mais rápido possível para as escolas. Então lhe peço ajuda mais uma vez. Por favor peça aos pais para ligarem para a secretaria de educação, para as regionais, para a PBH e exigirem uma negociação o mais rápido possível. Este prefeito vai sempre na mídia e diz MENTIRAS e MAIS MENTIRAS.

A próxima assembleia está marcada para segunda-feira (29/03/2010) às 14 horas no colégio MARCONI. Queremos que haja uma reunião com a secretaria antes desta data para definirmos os rumos do movimento".

Greve paralisa a educação municipal

Milhares de crianças e adolescentes estão sem aula. Em greve desde o dia 18 de março, professores das escolas municipais de Belo Horizonte pedem mais atenção à sua profissão

Professores municipais de diversas escolas da capital mineira iniciaram nesta sexta-feira, dia 18, uma paralisação por tempo indeterminado. Segundo os professores, desde o início do mandato do atual governo, os trabalhadores em educação tentam negociações com o prefeito Márcio Lacerda. Eles ressaltam ainda que em 2009, após algumas paralisações, duas proposta foram apresentadas: abono condicionado à extensão da jornada e a exclusão dos profissionais que adoecem.

No dia 19 de março ocorreu uma manisfestação em frente à Secretária Municipal de Educação (SMED). Não foi apresentada nenhuma proposta pela secretária aos profissionais da educação. “O que nos deixa triste e angustiados é que normalmente divulgam na mídia que há propostas de reajuste. Isto não é verdade, não se apresentou nenhuma proposta de negociação aos professores”, comenta professora Luciene Rubim.

Luciene afirmou ainda que os professores não pretendem prejudicar os alunos com uma greve longa, até porque, segundo ela, a paralisação será descontada na folha dos profissionais. Contudo todos aguardam alguma solução para que as propostas sejam apreciadas e atendidas pela prefeitura de Belo Horizonte.