Debate sexta serviu para mostrar que estamos longe de ser uma sociedade e um país preocupado com a vida e a harmonia social.
Mais uma vez o palco do debate entre Dilma e Aécio tremeu tanto a ponto de desconcertar um dos maiores profissionais do jornalismo brasileiro.
Os ataques não deram espaço às propostas de alegria e paz social. Lembrou-me uma guerra. E a guerra tem o céu coberto por bombas e o chão colorido de vermelho, de sangue. Na guerra não importa o cérebro mas o dedo que aperta o botão do detonador. Na guerra não importa a dádiva da visão porque a cegueira é consorte do ódio. Na guerra não há espaço para abraços porque os braços estão ocupados segurando as foices da morte.
E toda guerra começa por palavras. Por discórdias. Por insultos e ironias. Por troca de olhares furiosos e comprometidos com o particular.
Todos os debates pareciam o primeiro estágio de uma guerra. Preocupa-me. E não venham me falar que isso é democracia.
Todos os debates pareciam o primeiro estágio de uma guerra. Preocupa-me. E não venham me falar que isso é democracia.
Amanhã acordarei para votar. Ao votar não estarei completamente feliz e satisfeito, mas posso estar daqui 4 anos. Dependerá do executivo que eu desejo colocar nas sofridas cadeiras de Brasília. Paciência. São 4 anos de calma em aceitar e entender esse mundo estranho.
A verdade é que não sabemos o que é ter paciência. Como canta Lenine, "enquanto todo mundo espera a cura do mal e a loucura finge que isso tudo é normal, eu finjo ter paciência". A gente finge que é solidário e paciente, mas, na verdade, somos intolerantes e egoístas. Imediatistas. Aceitamos muitos fatos e dados de acordo com a onda.
E lendo Madre Tereza, descobri com ela que, talvez, o senhor da paciência seja o mal. Ele espera o tempo que for necessário para destruir e desmanchar a vida. E a gente embarca nisso.
Chega de falar que um candidato é da pobreza e o outro é da riqueza. Não dá mais. Vote naquele que você acredita mas, não embarque em discursos popularescos e vazios. Diga não ao fundamentalismo.
Lembre-se, que ao brigar como um louco pelas ruas por Aécio ou Dilma que, o seu candidato (a) a presidente (a) da república não pegará ônibus, não frequentará clubes populares, não terá carro popular, não ganhará um salário baixo, não usará cartão de crédito ou cheque especial para sobreviver, não sofrerá com falta de água e comida, não andará à pé e não terá filho estudando em escola pública.
Bom voto. Vote em paz!
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