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terça-feira, 13 de setembro de 2016

O Galo e o futebol na era dos culpados!

Caro amiga e amigo, não é de hoje que procuramos culpar alguém ou algo em resultados negativos no futebol. É secular. No começo era a bola, a chuteira, o uniforme, o cronômetro e o tempo. O sol, a lua, o técnico e até o jogador. Depois, por mais paradoxo que pareça, alguém que está no esporte para julgar e avaliar os lances tornou-se o pecador mor: o juiz. Seguido de seus pais e dos respectivos assistentes, o juiz de futebol carregou por anos a fama de ser um dos principais vilões da glória futebolística!

Mas a culpa evoluiu mais do que a própria qualidade neste jogo ao longo das décadas. Por vezes até mesmo a imprensa leva o dolo. O torcedor também é apontado como o culpado!

Culpa! Culpado! Culpe-se.

Talvez, o certo seria delatar o próprio jogo pelas derrotas e tropeços. Mesmo que num eventual e monótono empate! Mas não. Não é o suficiente. Alguém é acusado por perder e conseqüentemente prorrogar, além dos 90 minutos, o grito de campeão de um clube.

No Galo, em 2012-2013, a efêmera e marcante era do estilo mágico de jogar conduzido por Cuca, Ronaldinho Gaúcho, Tardelli, Bernard e demais jogadores, trouxe a glória!
Na seqüência, o Atlético fez uma breve dança dos técnicos. Primeiro Autuori chegou e não teve autoridade suficiente. Levir chegou e ganhou a Copa do Brasil. Mas Culpi ressuscitaria a culpa. Depois se apostou em Aguirre, mas, o time não foi aguerrido o suficiente

Marcelo Oliveira e, com ele um elenco dito como qualificado. Mas o técnico, até o momento, embora ocupe o 3º lugar no Brasileirão, ainda não conseguiu dar um padrão de jogo convincente ao Atlético.  Porém, vem sobrevivendo entre lampejos e contusões. Inegável que seu trabalho vem gerando resultado. E olha a culpa: o resultado é dele, dos jogadores ou dos dois? Tudo tem que ter um culpado no mundo da bola!

A estrutura é impecável, a torcida é apaixonada, o técnico é bicampeão da competição e boa parte do elenco é qualificada tecnicamente. Então a culpa é de quem? Essa vem sendo a tônica dos comentários num geral. Seria das lesões, das ausências, do técnico, do juiz, da apatia?

Talvez o melhor seja bater tudo isso num liquidificador e parar de pensar tanto na culpa.  Tentar chegar numa solução. Inclusive pensar o resgate do futebol brasileiro.

O Atlético se apresenta em campo, dado ao elenco que possui, entre a tênue linha da evolução e o irritante cenário de ser fazer apenas o trivial nos jogos. Um último fato: não é exclusividade do Galo esse cenário.

Assim, de todos os citados neste texto, aquele que não for o culpado pelo futebol brasileiro estar neste nível, que atire a primeira bola!


Temo pela escassez de bola...

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