Flávio Domênico
Era tarde da noite em Belo Horizonte. Faltavam apenas duas horas para o findar do dia e o Atlético entrava em campo. Via-se um time disposto a recompensar o torcedor aguerrido que o acalentou na Arena Independência. A festa estava armada e o grito de gol preparado para ecoar como um hino vibrante e vencedor.
Assistimos um primeiro tempo com o visitante paulista recuado desde o início da partida. Proposta nítida do São Paulo: explorar a velocidade do jovem Lucas. O jogo do adversário então se limitaria a isso.
O Atlético teve uma boa oportunidade de abrir o placar aos 25 minutos numa falta bem batida por Ronaldinho, gol evitado numa excepcional defesa do goleiro Rogério Ceni. Na seqüência o Galo jogou com um atleta a mais após expulsão do lateral-direito Douglas numa entrada violenta em cima do volante Leandro Donizete.
Mais espaço no gramado, contudo, o time do Atlético voltou a afunilar suas jogadas pelo meio e, algumas delas, se perderam nos pés do atacante Guilherme que, mais uma vez, não se apresentou bem. Facilitou assim o encaixe da marcação do São Paulo que tinha como proposta explícita, como foi no Morumbi, explorar apenas a velocidade de seus atacantes. Galo tinha pela frente um novo teste de paciência e o jogo nas mãos de uma só pessoa: Cuca.
Para felicidade da torcida, Cuca iniciou bem o segundo tempo tirando Guilherme e colocando o atacante Neto Berola. Logo aos 16 minutos, após jogada tramada entre o zagueiro Leonardo Silva, o meia Bernard recebeu na lateral direita e fez um cruzamento certeiro para a cabeçada firme do atacante Leonardo que abriu o placar para o Galo.
Aos 29 minutos o jovem Bernard saiu contundido e entrou muito bem o atacante Escudero. Começaram a aparecer mais as jogadas de Ronaldinho Gaúcho. O Atlético, apesar obrigou Rogério Ceni a fazer algumas boas defesas, administrou bem o resultado e seus preciosos três pontos. Richarlyson entrou aos 41 minutos após pedido de substituição feito pelo próprio atacante Leonardo.
Destaques do jogo: Pierre (o melhor em campo). O volante que, além de fazer com maestria sua função de desarme e contenção, cobriu bem os laterais, principalmente as subidas de Marcos Rocha. Na minha opinião, já merece ser visto como atleta nível Seleção Brasileira pelo talento, garra, determinação e regularidade de suas apresentações. Destaque para atuação de Ronaldinho Gaúcho, Marcos Rocha, Leonardo e Júnior Cesar que, apesar de não atacar bem, anulou o atacante Lucas.
O Galo segue firme. Com um jogo a menos. Foco é a liderança. Na Arena Independência festa, uma alegria incontida da torcida. Ruas enfeitadas pelos tremores das bandeiras atleticanas. Sorriso e felicidade. Assim, o Atlético Mineiro adentrou a madrugada desta quinta-feira na capital mineira: uma explosão alvinegra nos sonhos da massa.
2 comentários:
Só mudei de idéia em relação ao Guilherme depois de ver o VT. E o q vi foi melhor do q tinha visto antes, no calor do nervosismo e da adrenalina. Desculpe-me, Guilherme, pelos xingamentos.
Concordo q o Guilherme não é mto rápido, mas ele compôs o lado direito do ataque de uma forma objetivamente coletiva. Não é fácil para qq jogador ser rápido na mesma toada do time. Não é só o Guilherme.
Não recompôs tão bem qto Danilinho, mas qq falha de marcação é compensada pela melhor dupla de volantes deste campeonato brasileiro: Pierre (como vc disse) e Leandro Donizeti, q tbm foi um monstro no gramado. São onipresentes!
É isso. Parabéns pelo blog, amigo. Leio tudo q vc escreve. Abraços.
Amigo, de fato Pierre foi espetacular, mas isso já está sendo rotina nos jogos. Um jogador que vc citou e que achei que fez uma partidaça (outra vez) é o Jr.César. Taticamente perfeito nas partidas.
Agora com relação a Guilherme....tsc tsc tsc
Esse aí não desce... Num dá! É "maria" demais. Não é possível esse não incorporar o espírito Alvinegro. Péssimo!
Outra vez.
No mais um forte abraço e Galo sempre!!!
Postar um comentário