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domingo, 3 de fevereiro de 2013

Explicar ou não explicar, eis a questão


Avenida Antônio Carlos, 13h da tarde. A natureza dando o recado: o sol está aí, fiz minha parte para colaborar com todos (principalmente com a Minas Arena)!
A chuva saiu de campo para dar lugar à festa histórica da reinauguração do Mineirão (e que saudade do antigo).

Alguns velhos novos problemas na chegada como a insistência de mão única na subida da avenida Abrahão Caram. A fila de carros era intensa faltando ainda 4 horas para o espetáculo maior.

É dia de Atlético e Cruzeiro? Sim. E dia de futebol em alto nível! Talvez. É dia de festa de torcida? Sim. É dia de alegria do torcedor mineiro? Não.

Explicar o que a Minas Arena fez com o torcedor neste primeiro jogo, na inauguração do Mineirão, merece um capítulo à parte. O Resenha do Galo registrou várias ocorrências, tristezas, desesperos e insatisfações que serão postadas em breve para que você conheça a realidade desta festa.

O jogo começou truncado. Feio. E bonito mesmo era ver o grito das torcidas. O Atlético demorou a se encontrar no jogo e o Cruzeiro aproveitou e entrou para história com Anselmo Ramon aos 23 minutos do primeiro tempo marcando o primeiro gol no Novo Mineirão. Anselmo Ramon na hora, mas as imagens não mentem!

Explicação estranha: primeiro da história foi do jogador Buglê em 1965, para Seleção Mineira, mas ele era do Galo. Segundo da história, na reinauguração, Marcos Rocha, para o Cruzeiro, mas ele é do Galo. 

Mas o primeiro cartão amarelo foi do Galo, o primeiro escanteio, a primeira sensacional defesa também foi do Galo...enfim...não foi tudo do Cruzeiro! Ah, a primeira expulsão foi da Raposa também!

Explicar? Falar para você amigo e amiga o que está claro? Todos a esta altura já comentaram. Mas tem algo que parece ser um pensamento comum: a preocupação com esquema e montagem do time do Atlético pelo técnico Cuca. Treinador não alterou bem hoje. Não conseguiu mudar esquema de jogo e o Atlético perdeu a partida com um jogador a mais.

“Fomos bem os 15 minutos iniciais do segundo tempo; não tivemos qualidade e, no jogo inteiro não conseguimos trocar passes; jogo foi muito truncado”, são algumas das palavras do treinador na coletiva. Cuca terá muito trabalho pela frente para reestruturar um time que já estava relativamente pronto. Necessita urgente de um novo esquema.

Gilberto Silva, das alterações de Cuca, foi o que jogou melhor. Falta algo no meio. Falta toque, ligação, passe. Falta Marcos Rocha se achar no jogo. Jogar como lateral e não afunilar pelo meio. Falta o Júnior Cesar fazer o mesmo pela esquerda. E o fantasma do Danilinho. Só tem esse estilo de jogo? Enfim, muito trabalho pela frente para o sr. Cuca!

Cruzeiro venceu por 2 x 1. O melhor em campo, seu treinador: Marcelo Oliveira. Galo perdeu e o melhor em campo, mesmo com a derrota: o goleiro Victor.

Estamos começando a temporada. Da derrota pode nascer uma vitória. Depende da humildade e da aceitação. Depende do estudo, da vontade de vencer.

Dar explicações no futebol tem se tornado algo às vezes severamente obsoleto. Mas são necessárias. E, explicações, contudo, não podem ser sinônimo de conformidade e teimosia.

Vamos aguardar o canto do Galo para 2013! Que venha Tardelli. Que venham as vitórias!

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