Atlético empatou ontem com Tijuana por 2 x
2 no México. Em meio a tantas adversidades prevaleceu a gana de ser campeão.
Fatos que precisamos relevar: clássico no último domingo difícil, viagem longa,
preparo comprometido, campo de futebol amador e cansaço. Tudo foi superado
ontem na raça, na técnica e no amor pelo Clube Atlético Mineiro.
Ouvi ontem durante a transmissão, um
comentarista dizer: “se o gramado sintético dificultou o jogo para o Galo,
dificultou também para o Tijuana”. Errado. O fato de jogar na grama sintética
prejudicou Atlético e Tijuana por igual? Não. Prejudicou o Atlético. O Tijuana
mora no ali. O Atlético no Horto. O time mexicano tem doutorado em campo de
grama sintética. O time atleticano não. Está acostumado a treinar e jogar em
campo profissional, de grama natural.
Era visível que os jogadores do Atlético
não conseguiam entender a dinâmica daquele gramado. Erros de passes, pouca
posse de bola. Dificuldade para o tempo de marcação. Enquanto isso o Tijuana
passava para muitos desavisados e distraídos que era o melhor time naquele
momento. Que estava dominando o Atlético. Com todo respeito, preciso ver o
Tijuana jogar assim em Belo Horizonte para atestar essa qualidade toda
apresentada no México.
O Atlético não fazia realmente uma boa
partida. Mas pela primeira vez era notório que, tal fato, se devia noventa por
cento ao fator da condição e característica do gramado. Por tudo que estamos
vendo até agora, não podemos falar de um
time aguerrido e espetacular como esse do Galo de forma negativa.
No segundo tempo Cuca fez prevalecer seu
comando. O time voltou um pouco melhor. Equilibrou o jogo. Superou as
dificuldades. Tardelli foi um destaque à parte ontem. Além de fazer o gol,
aproveitou bem a jogada do gênio Ronaldinho Gaúcho no meio campo, recebeu a
bola, avançou e tocou para o garoto Luan, com frieza e competência empatar o
jogo.
Esse gol calou milhões...
Esse gol mostrou que, se a grama era
sintética, o coração dos jogadores continuava natural: batendo forte por uma
massa apaixonada!
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