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quinta-feira, 4 de julho de 2013

A esperança em 90 minutos!

Flávio Domênico

Contra o Newell’s Old Boys, o Atlético obteve novamente uma nota que considero de regular para ruim. Infelizmente, já há alguns jogos, o elenco não se apresenta bem. Contra o NOB jogou o tempo todo atrás da linha da bola e adotou uma postura defensiva. Em toda partida deu apenas um chute a gol.
                                                                                                                           
Este número é preocupante para um grupo de jogadores que se classificaram na primeira fase da Libertadores como o melhores da competição. Seria a repetição da história de 2012? O time encanta, mas, na reta final a magia se apaga? Há uma explicação para isso?

Sabemos que o futebol moderno depende do esforço e do empenho dos jogadores dentro de campo em todas as partidas. A movimentação, entrosamento, drible, inteligência, aplicação, deve perdurar na competição. Além disso, o banco de reservas de um time profissional precisa de peças que, ao serem acionadas, possam acrescentar algo à história do jogo.

Outra peça fundamental, o treinador Cuca, nesta partida, optou por uma formação tática defensiva. Chamou a raça e a determinação dos argentinos para cima do Galo. Tanto que, Tardelli, por exemplo, se limitou a marcar. Parecia a correria de uma partida que se vê em futebol de salão. Vai e volta frenético dos jogadores. O ataque não funcionou. Sem expressão e apagados Bernard e Ronaldinho Gaúcho. Jô, na única chance, fez o gol que poderia mudar a cena do jogo. Foi anulado e há uma pós-discussão se foi ou não impedimento.

A questão é que foi um lance para ser marcado via instrumentos como luneta, telescópio, binóculo e lupa. Não gostei da arbitragem do trio chileno. Mas não foi desculpa para a apresentação ruim do time.

O Atlético se segurou no empate enquanto conseguiu. O primeiro tempo foi assim. Já na etapa complementar o Galo mudou a postura. Quando começou a apresentar melhoras na partida levou um gol por falha da marcação no começo do segundo tempo. E depois outro gol numa batida de falta espetacular do jogador Scocco, o nome do jogo. Mesmo sofrendo gol de falta, novamente o goleiro Victor foi o melhor em campo pelo time do Galo.

O resultado na argentina escreveu um roteiro dramático para o próximo capítulo: noventa minutos separam o time do Atlético do sonho de campeão ou do pesadelo da eliminação. Restará ao Galo devolver as 10 finalizações a gol para o NOB e marcar no mínimo dois gols e não levar nenhum para que a partida vá para os pênaltis. Caso se mude a postura dentro de campo é perfeitamente possível que tal fato ocorra na grama do horto mineiro. Acredito até mesmo em três gols caso o time apresente aquele futebol ofensivo e objetivo já visto este ano.

O torcedor, a grande massa apaixonada do Atlético, pode vibrar e ter esperança sim. Cabe aos jogadores, no jogo de volta no Independência, provarem que não são apenas mais um grupo de jogadores que estão de passagem por aqui. Que não é mais um elenco que passou pelo clube e fez apenas belos discursos de raça e amor à massa.

Alguns jogadores de futebol deixam marcas imortais na história do seu clube antes de saírem e ganharem o mundo: um título importante para amada torcida!


3 comentários:

Anônimo disse...

Eu vou torcer muito, mas não vou me iludir. Acho que já era. :-(

Unknown disse...

sinto muito mas ha algo errado no time....... ja era

Anônimo disse...

Depois de 02 Scoccos é difícil, até porque o time levou gol em todos os jogos da libertadores. Parafraseando o Galvão Bueno, nas transmissões da F1: Chegar é uma coisa, ser campeão é outra.