Domingo abandonei o debate da Record no meio. Era o sono. Mas realmente me assustou. Não o que falaram ou suas posições. Mas a forma como caminha a estrutura da sociedade.
Assuntos atomizados e jogados à revelia para um e para outro. É como se o cérebro do eleitor fosse uma redinha de pingue e pongue a expiar a rapidez da bola de um lado para o outro. Sou isso, farei aquilo, você é isso, você fará aquilo. Realmente o tempo não para, tanto que quando éramos sóbrios escrevíamos "para" verbo com acento! Sim, para diferenciar do "para" preposição. Hoje é tudo igual. Como tudo no mundo querem colocar igual. No mesmo patamar.
Vivemos num calor insuportável criado por nós mesmos.Um calor temperamental e de ideias (também sem acento!). Seria já o inferno emergindo na linda terra azul? Talvez.
Estão mudando tudo. Simplificando tudo. Tudo então está no mesmo patamar. Pegamos pessoas para condená-las e cuspimos no nosso próprio prato. Estamos por demasia perdidos entre a fé e a razão, entre ser imbecil e ser nosso coração.
Estão mudando tudo. Simplificando tudo. Tudo então está no mesmo patamar. Pegamos pessoas para condená-las e cuspimos no nosso próprio prato. Estamos por demasia perdidos entre a fé e a razão, entre ser imbecil e ser nosso coração.
Assim caminhamos do mesmo jeito para comer, votar, dormir, trabalhar, estudar, passear, chegar em casa, ir se divertir. Onde isso tudo vai dar? Não há resposta. Nossos filhos, nossos amigos, nossas famílias, recebem a miséria do nosso tempo. O que sobra. O resto e junto, o cansaço. E vamos à tv para expor comportamentos e projetos, para fazer valer nosso ser midiático e sobrepor nosso controle à vontade do bem estar comum. Aí o eufemismo de meu texto tem de aparecer: no meio desse liquidificador que bate e nos oferece uma vitamina de frutos podres e estragados nos resta ainda uma pontinha de esperança.
E, a única certeza que eu tenho é que perdemos a fé...e paralela à ela estamos perdendo nossa razão de ser...de existir. Em breve chamar um ser do bem de "humano" poderá ser uma terrível ofensa.
Num mundo onde o Sagrado é balela, por vezes comércio e, Deus, uma viagem de alienação, eu me rendo à cada dia ao Homem que venceu a cruz.
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