A tarde começou com uma breve
caminhada pela ruela que liga a rua Pitangui à rua Ismênia. Até chegar à entrada que me cabia
passei pelos corintianos. Já havia confusão. Já havia gás de pimenta no ar. Um
clima estranho de guerra quando era para ser de festa. E posso dizer que, se o
futebol tem como prioridade gerar violência, está tudo errado.
Para analisar o jogo é preciso
dizer que o Independência não comporta um clima como esse de domingo.
Infelizmente o perfil das pessoas mudou. A violência mudou. A disposição para
se fazer algo que beira à marginalidade está a flor da pele. O Mineirão,
estádio esse que o Atlético se sagrou campeão por várias vezes pós-reinauguração,
deve ser repensado. É quase que uma obrigação da diretoria e dos responsáveis
pelo Gigante da Pampulha encontrar uma solução. Isso seria pensar no torcedor.
O jogo Atlético e Corinthians se
resumiu na qualidade paulistana. Um time que se estruturou durante o campeonato
e cresceu. Produziu e gerou resultado: o título de 2015. Três a zero e ainda
três defesas espetaculares do goleiro Victor. Nenhuma espetacular do Cássio.
Salvo os benefícios de erros de arbitragem
no primeiro turno, os paulistas merecem pelo bom desempenho. Não é um time
ainda nível futebol europeu, mas está buscando um caminho para se consolidar
como tal.
O Atlético não foi 10% do que
jogou no primeiro turno. O time perdeu a qualidade de finalização e de toque de
bola. Perdeu o sentido de equipe. Perdeu jogadores diferenciados. E ficou
praticamente com a missão de tentar algo no comum. Contudo, no futebol, o comum
dá lugar ainda ao incomum. Ao improviso, ao bem organizado, ao que vibra e
busca resultado. É um jogo e, como tal, precisa de peças boas e de um
estrategista bom para pensar a partida.
Dizer que o trabalho de Levir é o
pior de todos seria injustiça. Mas é fato que ele há tempos apresenta o mesmo
estilo de jogo e aposta muito em suas armações e improvisações. Tal feitio tem
um alto custo: ser o coadjuvante. No domingo ele esperou o primeiro gol para tentar
algo. Outra relevância: a falta de elenco qualificado. Sabemos das dificuldades
financeiras do clube, mas, o técnico dizer abertamente que não precisa de reforços
o credencia como cúmplice da estagnação. Precisava e precisa sim, Levir.
O Atlético tenta agora salvar o ano com
a conquista da vaga direta para Libertadores 2016. E conquistando essa vaga
precisará conquistar um planejamento exemplar para honrar tal feitio. Diretoria
tem de apresentar uma equipe que esteja disposta a brilhar 12 meses e não 6,
como foi em 2015. Bola pra frente!
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