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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Galo x Corinthians

A tarde começou com uma breve caminhada pela ruela que liga a rua Pitangui à rua Ismênia. Até chegar à entrada que me cabia passei pelos corintianos. Já havia confusão. Já havia gás de pimenta no ar. Um clima estranho de guerra quando era para ser de festa. E posso dizer que, se o futebol tem como prioridade gerar violência, está tudo errado.

Para analisar o jogo é preciso dizer que o Independência não comporta um clima como esse de domingo. Infelizmente o perfil das pessoas mudou. A violência mudou. A disposição para se fazer algo que beira à marginalidade está a flor da pele. O Mineirão, estádio esse que o Atlético se sagrou campeão por várias vezes pós-reinauguração, deve ser repensado. É quase que uma obrigação da diretoria e dos responsáveis pelo Gigante da Pampulha encontrar uma solução. Isso seria pensar no torcedor.

O jogo Atlético e Corinthians se resumiu na qualidade paulistana. Um time que se estruturou durante o campeonato e cresceu. Produziu e gerou resultado: o título de 2015. Três a zero e ainda três defesas espetaculares do goleiro Victor. Nenhuma espetacular do Cássio.

Salvo os benefícios de erros de arbitragem no primeiro turno, os paulistas merecem pelo bom desempenho. Não é um time ainda nível futebol europeu, mas está buscando um caminho para se consolidar como tal.

O Atlético não foi 10% do que jogou no primeiro turno. O time perdeu a qualidade de finalização e de toque de bola. Perdeu o sentido de equipe. Perdeu jogadores diferenciados. E ficou praticamente com a missão de tentar algo no comum. Contudo, no futebol, o comum dá lugar ainda ao incomum. Ao improviso, ao bem organizado, ao que vibra e busca resultado. É um jogo e, como tal, precisa de peças boas e de um estrategista bom para pensar a partida.

Dizer que o trabalho de Levir é o pior de todos seria injustiça. Mas é fato que ele há tempos apresenta o mesmo estilo de jogo e aposta muito em suas armações e improvisações. Tal feitio tem um alto custo: ser o coadjuvante. No domingo ele esperou o primeiro gol para tentar algo. Outra relevância: a falta de elenco qualificado. Sabemos das dificuldades financeiras do clube, mas, o técnico dizer abertamente que não precisa de reforços o credencia como cúmplice da estagnação. Precisava e precisa sim, Levir.

O Atlético tenta agora salvar o ano com a conquista da vaga direta para Libertadores 2016. E conquistando essa vaga precisará conquistar um planejamento exemplar para honrar tal feitio. Diretoria tem de apresentar uma equipe que esteja disposta a brilhar 12 meses e não 6, como foi em 2015. Bola pra frente! 

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