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quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Exclusivo para o Bloguim


Mulher cai no “golpe do bilhete premiado”

Vítima perde R$9 mil reais após ser abordada por dois homens
no bairro Ouro Preto, região da Pampulha em Belo Horizonte
Flávio Domênico

Na última quarta-feira, a pensionista Maria das Graças*, 61 anos, entrou para a lista das vítimas do velho golpe do bilhete premiado. A história é sempre a mesma: o golpista se passa por uma pessoa do interior e pede ajuda a uma pessoa para receber o prêmio de loteria. Auxiliado por um comparsa, ele induz alguém a acreditar que, caso o ajude, receberá recompensa, mas para isso terá de sacar um determinado valor em dinheiro como garantia.

O crime ocorreu nas proximidades da movimentada avenida Conceição do Mato Dentro, no bairro Ouro Preto, região da Pampulha em Belo Horizonte. Pela manhã, ao sair de um supermercado, Maria das Graças foi abordada por um idoso. "Ele disse que estava passando mal e pediu para que eu o ajudasse", relata a pensionista. Ela conta que de repente um carro se aproximou e outro homem de aparência mais jovem também se prontificou ajudar. O idoso disse que era do interior, havia ganhado um premio de 12 milhões na Mega Sena e estava precisando de ajuda para receber o dinheiro.

Neste momento entra em cena o motorista (comparsa). Ele ofereceu para levar o homem numa agência lotérica a fim de conferir se o bilhete realmente estava premiado. A vítima, dentro do carro, ouviu promessas do idoso que prometeu dar 10% do valor do prêmio ao dois. Contudo, para que ele confiasse na ajuda, cada um deveria lhe dar como garantia 10 mil reais. O motorista entrou na casa lotérica e voltou eufórico dizendo que o bilhete era mesmo premiado, disse que estava disposto a entrar no negócio e mostrou uma mala cheia de dinheiro, inclusive com dólares entre as notas.

Confiando na promessa do prêmio, Maria das Graças pediu ao motorista que a levasse até uma agência do Banco Itaú no bairro Ouro Preto, sacou de seu cheque especial a quantia de 9.700 reais e entregou ao idoso. “Após o saque, ele pediu para que eu conseguisse na agência um copo com água. Pedi então que ele segurasse por instantes o dinheiro e meus documentos. Quando voltei ele havia sumido juntamente com o motorista”, relata a pensionista.

Maria das Graças não comunicou o fato à polícia. Uma de suas filhas, Ana Luiza*, disse que a mãe iria à delegacia para fazer o boletim de ocorrência.
*nomes fictícios

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