Flávio Domênico
Contra o Newell’s Old Boys, o Atlético obteve novamente uma nota que considero de regular para ruim. Infelizmente, já há alguns jogos, o elenco não se apresenta bem. Contra o NOB jogou o tempo todo atrás da linha da bola e adotou uma postura defensiva. Em toda partida deu apenas um chute a gol.
Este número é preocupante
para um grupo de jogadores que se classificaram na primeira fase da
Libertadores como o melhores da competição. Seria a repetição da história de
2012? O time encanta, mas, na reta final a magia se apaga? Há uma explicação
para isso?
Sabemos que o futebol
moderno depende do esforço e do empenho dos jogadores dentro de campo em todas
as partidas. A movimentação, entrosamento, drible, inteligência, aplicação,
deve perdurar na competição. Além disso, o banco de reservas de um time
profissional precisa de peças que, ao serem acionadas, possam acrescentar algo
à história do jogo.
Outra peça
fundamental, o treinador Cuca, nesta partida, optou por uma formação tática
defensiva. Chamou a raça e a determinação dos argentinos para cima do Galo. Tanto
que, Tardelli, por exemplo, se limitou a marcar. Parecia a correria de uma
partida que se vê em futebol de salão. Vai e volta frenético dos jogadores. O
ataque não funcionou. Sem expressão e apagados Bernard e Ronaldinho Gaúcho. Jô,
na única chance, fez o gol que poderia mudar a cena do jogo. Foi anulado e há
uma pós-discussão se foi ou não impedimento.
A questão é que
foi um lance para ser marcado via instrumentos como luneta, telescópio,
binóculo e lupa. Não gostei da arbitragem do trio chileno. Mas não foi desculpa
para a apresentação ruim do time.
O Atlético se
segurou no empate enquanto conseguiu. O primeiro tempo foi assim. Já na etapa
complementar o Galo mudou a postura. Quando começou a apresentar melhoras na
partida levou um gol por falha da marcação no começo do segundo tempo. E depois
outro gol numa batida de falta espetacular do jogador Scocco, o nome do jogo. Mesmo
sofrendo gol de falta, novamente o goleiro Victor foi o melhor em campo pelo
time do Galo.
O resultado na
argentina escreveu um roteiro dramático para o próximo capítulo: noventa
minutos separam o time do Atlético do sonho de campeão ou do pesadelo da
eliminação. Restará ao Galo devolver as 10 finalizações a gol para o NOB e
marcar no mínimo dois gols e não levar nenhum para que a partida vá para os
pênaltis. Caso se mude a postura dentro de campo é perfeitamente possível que
tal fato ocorra na grama do horto mineiro. Acredito até mesmo em três gols caso
o time apresente aquele futebol ofensivo e objetivo já visto este ano.
O torcedor, a
grande massa apaixonada do Atlético, pode vibrar e ter esperança sim. Cabe aos
jogadores, no jogo de volta no Independência, provarem que não são apenas mais
um grupo de jogadores que estão de passagem por aqui. Que não é mais um elenco
que passou pelo clube e fez apenas belos discursos de raça e amor à massa.
Alguns jogadores
de futebol deixam marcas imortais na história do seu clube antes de saírem e
ganharem o mundo: um título importante para amada torcida!
3 comentários:
Eu vou torcer muito, mas não vou me iludir. Acho que já era. :-(
sinto muito mas ha algo errado no time....... ja era
Depois de 02 Scoccos é difícil, até porque o time levou gol em todos os jogos da libertadores. Parafraseando o Galvão Bueno, nas transmissões da F1: Chegar é uma coisa, ser campeão é outra.
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