Flávio
Domênico
Os quarenta e cinco
minutos iniciais do Atlético contra o Nacional da Colômbia foram diferentes?
Sim! Mas apenas num ponto: o Galo adiantou a marcação. Levir não teve tempo.
Manteve, assim como Autuori, o antigo esquema de jogo do elenco. Havia indícios
que a exaurida “tática Cuca” poderia surtir ainda algum efeito. E, numa espécie
de lampejo, Fernandinho acertou um belo chute e o Galo marcava seu primeiro gol
na partida. O preto e branco se revestia de verde, de esperança.
Vestiário. Intervalo que
costuma ser renovador. Mas não foi. Veio o segundo tempo e o time caiu
drasticamente de produção. Passando indícios até mesmo de uma possível falta de
preparo físico dos jogadores. Levir tinha poucas cartas agudas na manga para alteração.
Mas, se Autuori parecia não treinar e não conhecer de futebol, Levir ontem
mostrou que não conhecia bem o atual elenco do Atlético. Não foi feliz em suas mudanças.
As alterações foram
ruins e houve algo que considero pior: o improviso. A entrada de Réver no lugar
de Pierre foi um erro fatal. Atleta fora de forma, de ritmo e fora de sua
posição. Não. Réver não é um bom volante e não atua nesta posição. Estava
determinado o improviso. Se a mudança era tirar Pierre, Culpi tinha Rosinei. O
volante estava relacionado, estava no banco. Leva-me a entender que, se está no
banco, é porque tem condições de jogo. Improviso por improviso, o técnico
atleticano poderia poupar o garoto Alex Silva, que não estava bem, colocando
Réver então em seu lugar e deslocando Otamendi para lateral direita.
Ronaldinho mais uma vez
não rendeu. Tardelli também não. Guilherme numa oportunidade clara de gol deu o
toque a mais e errou. Jô também não se acertou. O lateral Emerson Conceição
ainda não mostrou absolutamente nada que justifique sua contratação. Os
volantes errando na saída e no passe. Laterais que não apoiam e são deficientes
em marcar. Resultado é a sobrecarga na zaga e no espetacular goleiro Victor.
A desclassificação no
fim do jogo para os colombianos foi amarga. Preço alto que o Galo pagou por
quatro meses de um trabalho mal executado e mal planejado. Kalil passou por mim
triste e cabisbaixo. Mas o presidente não era o único decepcionado. A torcida
também estava assustada. O time dos sonhos se tornara um pesadelo. A alegria
ontem deu lugar à tristeza. Kalil é o presidente que conquistou a Libertadores.
Não podemos apagar tal feito extraordinário desta diretoria. Mas a vida
esportiva segue e uma instituição de futebol não é um museu.
O Atlético deve ligar o
alerta para seguir em frente nas outras competições. Chegou o tempo para o
técnico Levir. O duradouro esquema de Cuca foi vencedor, mas, o prazo de
validade está vencido. Que venha agora algo estudado e pensado. Motivação
apenas é pouco. Infelizmente é a hora de voltar à estaca zero no Galo. Pensar
um novo 2014. Que venham as boas mudanças. Que volte o futebol.
Um comentário:
Pois então Domênico, fico imaginando o Kalil em uma noitada regada a wiskie e lá pelas 2 da manhã, já em meio a homens ébrios, irmão do tal Anelka solta um "pode Twittar presidente". Deu no que deu. Quero acreditar que seja uma inverdade, mas em nome de ambições politicas nosso presidente trabalha nos bastidores pelo boicote de assinaturas de deputados na CPI do mineirão (dizem que poderá ser suplente da chapa de mister Anastasia).
Quando nosso presidente se ocupava somente das questões futebolísticas da Galo a coisa era diferente. Em nome de um pragmatismo o nome pós Cuca foi o mais rejeitado pela torcida e deu no que deu. Agora, a essa altura do campeonato assumir a culpa não muda nada a direção do trem da história.
Só peço agora que os deuses do futebol não entregue de bandeja essa liberta para o "grande pirangi do sul".
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